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Ministro lança campanha de controle da obesidade infantil

Dados do Ministério da Saúde indicam que 78% das crianças brasileiras não se exercitam adequadamente

Por Claudio Rangel em 13/11/2019 às 18:59:34

Ministro da Saúde apresenta guia alimentar para crianças. Foto: Claudio Rangel

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lançou na manhã desta quarta-feira (13), no Rio, a campanha de prevenção e controle da obesidade infantil. Ele classificou como agressiva a industrialização alimentar no país e apresentou o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos durante o XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno (XV ENAM), no Centro de Convenções Sulamérica.

“O alimento ultraprocessado deve ser retirado do cardápio de qualquer criança no pais”, disse o ministro a uma plateia que participava simultaneamente do Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável (V ENACS); III Conferência Mundial de Aleitamento Materno (3rd WBC); e I Conferência Mundial de Alimentação Complementar (1st WCFC).

Outra preocupação do ministro é com a falta de exercício dos jovens. Nas palavras de Mandetta, a atividade física aliada à alimentação adequada são as formas indicadas para evitar a obesidade infantil, que junto à inatividade e ao sedentarismo são os principais problemas apontados pelo ministro.

"Cerca de 78% das crianças brasileiras não se movimentam uma hora por dia, o mínimo recomendado pela OMS”, disse, defendendo a reestruturação da educação primária e lembrando o tempo em que haviam aulas de educação física com mais frequência.

Obesidade e a Saúde da Família

Mandetta também defende a ampliação das equipes de saúde da família em todo o Brasil. Ele lembra que são 45 mil equipes espalhadas pelo território brasileiro:

“Se tivéssemos três mil pessoas em cada equipe teríamos 145 milhões de brasileiros cadastrados. A saúde da família é o pilar para internalizar a educação básica. Só temos 88 milhões de pessoas. Quando cruzamos os dados, vemos que 50 milhões que estão fora (do sistema), desses, 20 milhões são os mais vulneráveis, os mais frágeis. O nosso sistema busca se reestruturar para buscar equidade”, disse.

O ministro considera que, hoje, a informação sobre aleitamento e alimentação saudável já faz parte das escolas.

"Já vemos aniversário de crianças aonde não existe mais o refrigerante e alimentação fora deste contexto. Mas precisamos levar para todos a informação de qualidade. Para isso, só o exército chamado saúde pública pode levar”, disse.

Mandetta revelou que a ANVISA vai liberar no próximo mês informações sobre a rotulagem de produtos alimentares no Brasil. Ele diz que o objetivo é fazer com que as pessoas entendam o que significa alimento ultraprocessado e seus efeitos.



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