Brasileira busca título mundial em campeonato de kitesurf
Às vésperas da etapa final, Bruna Kajiya divide sua expectativa para este momento
Com manobras inéditas, Bruna Kajiya compete para subir ao lugar mais alto do pódio (Maurício Ramos/Red Bull Content Pool)
Grande nome do kitesurf brasileiro, a paulista Bruna Kajiya encara a última etapa do Campeonato Mundial de Kitesurf em busca do tetracampeonato da modalidade. A competição, cuja janela abre nesta terça-feira (19) e acontecerá na praia de Cumbuco (CE), reunirá grandes nomes do cenário em disputas de tirar o fôlego. E, diante do alto nível técnico, a paulista não esconde a emoção pelo momento e as expectativas para essa fase.
“Estou super motivada para essa última etapa. Treinei no Brasil na semana que antecede o mundial e estou feliz com a forma que estou velejando. Me sinto confiante por estar no meu País e, normalmente, alcanço os melhores resultados quando me sinto assim, em casa. Estou muito empolgada e não vejo a hora de competir”, conta a atleta, protagonista da série especial ‘Se Prepara’, em que revela aspectos do seu treinamento.
Com formato de pontuação semelhante ao do Circuito Mundial de Surf, no Mundial de Kite é necessário acumular a maior quantidade de pontos durante todas as etapas para ficar com o troféu. Elas acontecem em diferentes países no decorrer do ano e, após a última fase, é feita a contagem da pontuação para chegar ao grande vencedor.
Como a competição acontece em diferentes locais e ambientes, Bruna também explica que para subir ao lugar mais alto do pódio, além de ser necessário um nível técnico muito elevado, é importante ter consistência em diferentes condições. “Disputamos em cenários que exigem desde o uso de roupas de borracha, muito frio e vento terral - como aconteceu na França -, até no clima quente do Brasil, com vento lateral, muitas ondas e kites maiores”.
A penúltima etapa do torneio aconteceu em Marrocos, em outubro, onde Bruna conquistou o vice-campeonato, apesar de duras condições climáticas que teve que enfrentar. “O vento estava tranquilo no início do dia, porém durante a tarde foi aumentando e no final do dia estava quase como um furacão. Eu estava com meu menor kite, e ainda assim o vento era muito forte. Mas eu consegui encontrar os momentos ideais para fazer as manobras e deu tudo certo”, revela.