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Rio de janeiro pode erradicar a vacinação contra febre aftosa

Para isso, o estado deve cumprir os requisitos preconizados pelo Ministério da Agricultura

Por Jonas Feliciano em 28/11/2019 às 18:00:37

Imagem: Cristina Cruz

Nesta quinta-feira (29), o município de Valença, na região do Médio Paraíba fluminense, recebeu o Fórum Estadual de Plano Estratégico para apresentar e discutir ações do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). A iniciativa pretende alcançar os pecuaristas da região, empresários do ramo, veterinários e zootecnistas, além de autoridades local com o objetivo de erradicar a vacinação contra a febre aftosa no estado do Rio de Janeiro.

Para isso, o Rio deve cumprir os requisitos do Ministério da Agricultura que lançou um plano para reconhecer o Brasil como livre da febre aftosa sem vacinação. O principal objetivo desse planejamento é alcançar novos mercados consumidores, além de passar a exportar para países que ainda não compram carne do Brasil, pois o rebanho ainda é submetido à vacinação.

De acordo com a pasta, a ideia também é fortalecer as medidas de prevenção e redução das vulnerabilidades, assim como o aprimoramento das capacidades do serviço veterinário oficial nos estados, o fortalecimento das parcerias público-privadas e a contribuição com a modernização da defesa agropecuária.

Vale destacar que, desde 1997, o estado do Rio de Janeiro não registra foco da doença. Já no Brasil, apenas o estado de Santa Catarina é reconhecido com o status de livre da febre aftosa sem vacinação. No Paraná, já houve a suspensão da vacinação neste ano. Agora, o estado busca o reconhecimento internacional.

De acordo com o cronograma do Ministério da Agricultura, o estado fluminense e o restante do País podem deixar de vacinar contra a doença em 2021. Contudo, é preciso cumprir uma série de ações que permitam comprovar que o rebanho brasileiro não será mais afetado, como: barreiras sanitárias, controle das rotas, vigilância específica nas fazendas, monitoramento, sorologia para a certificação de que não existe circulação viral, entre outros pontos.

O secretário de Agricultura, Marcelo Queiroz, esteve presente no encontro e adiantou quais os objetivos do governo em relação ao tema.

"A Secretaria de Agricultura, em parceria com a Faerj, que representa o setor produtivo e o Ministério da Agricultura estão realizando esses fóruns para dar ampla divulgação das ações que são necessárias para serem desenvolvidas por todos. E dessa forma possamos obter o status sanitário para no futuro caminharmos sem vacinação", disse Marcelo.

Quem participou do Fórum foi o produtor rural José Carlos de Carvalho Pires. Há 40 anos no campo, ele acredita que a não-vacinação contra febre aftosa é muito importante para os pecuaristas. José também aproveitou para esclarecer várias dúvidas.

Seu José Carlos / Imagem: Cristina Cruz
"A principal vantagem é econômica sem dúvidas. A partir do momento que o rebanho não precisar mais ser vacinado, o manejo com o gado diminui. Isso também vai reduzir as despesas do produtor com mão de obra, inclusive, com o custo da vacina. Além disso, evita o estresse no animal. Por isso, estou bem receptivo a essa mudança", comentou o produtor.

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