"Para de mentir, demônio", diz Patrícia Lélis ao deputado Marco Feliciano

Nos últimos dias, a discussão envolvendo a jornalista Patrícia Lélis e o deputado Marco Feliciano (ex-Podemos) voltou a agitar a internet. Depois que Feliciano foi expulso do seu partido, na última segunda-feira (9), os dois passaram a trocar acusações por meio das redes sociais. Vale relembra que, em 2016, Patrícia acusou o deputado de estupro. Na época, ela fazia parte da juventude do PSC.

Na ocasião, a jovem tinha 22 anos, e afirmou que o deputado lhe agrediu e que também tentou lhe violentar. Contudo, em 2017, o Ministério Público de São Paulo aceitou uma denúncia contra a jornalista acusando-a de extorsão. No ano passado, o processo por tentativa de estupro e lesão corporal foi arquivado. De acordo com um laudo médico usado pela justiça, Patrícia sofreria com o "isolamento social", cansaço e problemas de sono.

Após o episódio da expulsão, os antigos problemas judiciais entre os dois voltaram à tona. Isso porque, o político e pastor foi retirado da legenda, pois de acordo com o Podemos, ele apresentaria incompatibilidade programática e comportamento incondizente com as diretrizes do partido. Ainda segundo o Podemos, o político também responde por acusações de assédio sexual, recebimento de propina e pagamento a supostos funcionários fantasmas, além de outras acusações.

Ao saber da sua saída, Feliciano utilizou os seus perfis sociais para se manifestar. Em alguns post's publicados na última terça-feira (10), ele afirmou que foi expulso por apoiar o presidente Jair Bolsonaro.

"Covardes, esperaram eu estar fora do país p/ montarem esse teatro da expulsão. O preço de permanecer fiel aos meus eleitores conservadores é enfrentar a navalha da injustiça, manejada pelos canalhas de plantão, q há décadas comandam São Paulo sem resolver os problemas do povo. Ser expulso de um partido por apoiar o presidente Bolsonaro é para mim motivo de orgulho. @mariocovasneto ficou com medo de eu ser candidato à prefeito de São Paulo e me expulsou, pois colocou o Podemos a reboque dos interesses de seu parente @brunocovas", escreveu Feliciano.

Ainda ontem (11), o deputado também respondeu a um vídeo publicado por Patrícia Lélis em suas redes. Ele acusou a jornalista de ter fugido do país

"Patrícia Lélis SURTADA publica vídeos/tuites dizendo q há nova acusação d assédio contra mim. Mentira! Podemos/SP usou acusação falsa q ela fez p/ me expulsar. Lelis é denunciada pelo MP por tentativa de extorsão, e condenada a me pagar 150 mil por danos morais. Fugiu do país!. Mesmo punida por Fake News Patrícia Lélis parece não ter perdido sua habilidade em mentir. #ParadeMentir", disse Feliciano.

As ofensivas contra Lélis aconteceram depois que ela publicou um vídeo com cerca de oito minutos no seu Instagram oficial. Nas imagens, a jovem contrariou Feliciano, chamando-o de mentiroso. Ela também se manifestou pelas redes sobre a ação judicial e relembrou os fatos sobre o processo envolvendo os dois.

"O partido Podemos NÃO USOU DA MINHA ACUSAÇÃO, como também não tenho nenhum contato com ninguém do partido. E não fui condenada a pagar nada como também não fugir do Brasil, por ser legalmente casada com um americano, tenho o direito. PARA DE MENTIR, DEM?"NIO", afirmou Patrícia.

"Quando a PF entrou no caso, eu acreditei que iria ter justiça, mas estava enganada. NUNCA FUI CHAMADA PARA DEPOR, sempre enrolavam as investigações. Não me culpem por não acreditar na justiça brasileira, pois a própria justiça facilita exatamente tudo para estupradores. Mandou o seu assessor me oferecer carro, dinheiro e outras coisas para ficar calada. Quando não aceitei, o mesmo assessor Talma Bauer, aposentado do PM me sequestrou. Me obrigaram a fazer vídeos dizendo que tudo não passava de um fake news criada pela esquerda. (+)", contou.

A jornalista ainda afirmou que existem inúmeros outras acusações de assédio que envolvem o parlamentar. Inclusive, ela citou que homens e mulheres já teriam sido vítimas.

"Marco Feliciano foi expulso do partido Podemos, após uma série de acusações envolvendo inclusive assédio sexual no gabinete. Volto a dizer: Não fui a primeira vítima do Feliciano e muito menos a única, apenas a primeira a denunciá-lo", publicou.

"Não sei se isso é novidade para vocês, mas vale lembrar que homens também podem ser vítimas de abusos, estupros, podem sofrer também agressões e se torna ainda mais difícil para que eles denunciem por causa de uma sociedade tóxica. O que mais me dá nojo dessa sociedade hipocrita e machista e ter que ver as pessoas dizendo "nossa, achei que Feliciano fosse gay. O Feliciano é bi, e por comentários como esses que vocês ajudam a silenciar não apenas mulher que foram abusadas, mas homens também", confirmou em mais duas publicações.

Ainda segundo Patrícia, por causa dos ataques de Feliciano, ela também teria publicado um vídeo que supostamente envolveria uma amante do pastor. Esse conteúdo está disponível no canal do YouTube da jornalista.

"Feliciano, eu não tenho medo algum de você, e por aqui vai ter muito fogo no cu, estuprador! Como ele resolveu me atacar, vou deixar aqui esse vídeo DA PASTORA DANI ALEXANDRIA, conhecida como amante do Feliciano", provocou.