As Comissões Permanentes de Economia, Indústria e Comércio e de Ciência e Tecnologia da Alerj, o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, o Sebrae, a Anprotec e a Fundação Certi realizaram um workshop ontem (12), no Sebrae-RJ, com representantes de quatro hélices: .edu, .com, .org, .gov. O objetivo do encontro, que teve a participação da sociedade, universidades, empresas e governos, foi estimular a interação e cooperação entre os atores do ecossistema de inovação em busca do desenvolvimento tecnológico do estado.
De acordo com o deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj, há um contexto adverso em níveis federal e estadual para o desenvolvimento do campo da inovação. "No Rio, estamos num regime de recuperação fiscal e precisamos gerar novas receitas, notadamente através da ciência, tecnologia e inovação como política pública. Estudos e pesquisas precisam nos ajudar a criar veios novos para sair da estagnação. A interface entre governos, empresas e a universidade é fundamental, este diálogo precisa ser fomentado", ressaltou Waldeck.
Antônio Alvarenga, do Sebrae, lembrou que o serviço existe para promover e fomentar as micro e pequenas empresas. “Fazemos articulações e políticas públicas em favor do empreendedorismo", afirmou Alvarenga. Já Evelyne Labanca, do Sebrae Nacional, disse que há necessidade de “enxergar potencialidades através das vocações".
Carlos Eduardo Bizzotto, da ANPROTEC, contou que a associação auxilia o desenvolvimento de empresas que querem inovar. “Fizemos uma pesquisa sobre os setores que precisam desenvolver, de maneira sustentável, avaliando os ecossistemas", afirmou. Já Jorge Ávila, da Redetec/UniRio, ressaltou que a missão é juntar empresas para o desenvolvimento do país. "Estamos estudando clusters (grupos) que inovam. A Urca, por exemplo, é um bairro com diversas interações de trabalho. Precisa de planejamento para obter resultados na economia criativa", avaliou.
Ao final dos debates, o deputado Waldeck fez algumas considerações sobre o encontro. “Essa iniciativa foi importante por reunir, no mesmo debate, universidades, governos e empresas em torno do tema da inovação. Por um lado, porque as universidades tem a missão de produzir ciência, tecnologia e inovações para solucionar problemas e desafios da sociedade. Já os governos são demandantes destas soluções inovadoras para aprimorar e modernizar a governança. Os governos são também, através de seus órgãos específicos, como a Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPERJ), fomentadores destas tecnologias na medida em que podem desenvolver políticas de estímulo à inovação. As empresas, também demandadoras de soluções, por terem entendido o papel inovador, perceberam a importância de desenvolver, em suas estruturas, o setor de pesquisa e desenvolvimento”, disse.
De acordo com o parlamentar, há na atualidade, em evidência, o debate sobre cidade inteligentes, municípios que buscam dialogar com o conhecimento produzido para aprimorar a prestação de serviços. “Isso pode ser exemplificado na segurança pública, como os centros de comando e controle; na saúde, com prontuários eletrônicos; e na educação, com a introdução das mídias digitais como parte do processo de modernização dos ambientes pedagógicos. Unir estas três esferas é fundamental, pois permite a comunicação de suas demandas e como, em conjunto, podem ajudar a produzir soluções que, em última instância, melhorem a qualidade de vida das pessoas”, concluiu Waldeck.