Saiba como funcionava esquema comandado por parceiro de chefão do TCP, morto na semana passada

Parceiro do chefe do tráfico do Morro da Serrinha, em Madureira, na Zona Norte, Wallace de Britto Trindade, o Lacoste, Parrudo foi apontado, segundo investigações, como um dos maiores articuladores do tráfico de drogas e de armas do Estado nos principais complexos de favelas, com atuação das três facções criminosas, mas em especial ao Terceiro Comando Puro (TCP).

Parrudo também recebia informações privilegiadas de operações policiais. Seu aliado na trama era um homem conhecido por fazer joias para jogadores de futebol, celebridades e vários chefes do tráfico, e que seria candidato a deputado federal, em 2018.

Foram apreendidas na época veículos de luxo (um Jaguar F Pace, avaliado R$ 500 mil, dois Land Rover Evoque, além de outros cinco carros), joias, vultosa quantia em dinheiro e outros bens de valor, celulares, computadores e documentos. A Justiça também determinou o sequestro de dois imóveis e o bloqueio de contas bancárias. Os valores arrecadados com as apreensões totalizam cerca de R$ 5 milhões.

A quadrilha foi responsável também por frustar várias ações policiais. Uma dupla de policiais se fazia passar por agentes da DCOD (Delegacia de Combate às Drogas) e a divisão do dinheiro ocorria da seguinte forma: de algumas facções eles recebiam R$ 1,5 mil, de outras favelas eles recebiam até R$ 11 mil por semana.

Foram identificados inúmeros terminais de policiais militares que se relacionavam com a organização criminosa.