A Justiça do Rio condenou em novembro 16 acusados de fazer parte da milícia que atua em Sepetiba e Nova Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. As penas variam entre seis a 12 anos de reclusão.
A quadrilha, subordinada à Liga da Justiça, começou a agir em 2015. Era chefiada por Carlinhos Três Pontes (irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko). Com sua morte, em 2017, passou a ter como comandante o miliciano conhecido como Sérgio Bomba, preso no mesmo ano.
Os paramilitares, de forma estável e permanente, com emprego de arma de fogo praticaram diversos crimes, tais como homicídios, posse e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito, crimes de usura (´agiotagem´), roubo, extorsão, esbulho possessório, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, receptação, ameaça e lesão corporal.
Foram apreendidos ao longo da investigação cadernos com anotações referindo-se à contabilidade do grupo, panfletos de gás, dinheiro em espécie, diversas folhas com anotações com nomes e valores, constando também inscrições, lista de pagamento, controle semanal, lista de prestação de contas, munições, armas .
Ficou constatado que o grupo criminoso fazia invasões de terras, expulsava as vítimas de suas casas e se utilizava de terceiras pessoas, no caso da dona de uma imobiliária, que intermediava a venda de terrenos e imóveis e ficava responsável pela documentação. Com medo, os agredidos não iam à delegacia prestar depoimento.
Os milicianos eram chamados para resolver problemas de roubos na localidade mas havia membros do grupo que também praticavam roubos de carros na região.
Um dos paramilitares condenados é suspeito de cometer um latrocínio contra um jornalista no Recreio dos Bandeirantes.