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Fake news em eleições motivam pesquisa

Desinformação e boatos plantados em eleições motivam encontro na FGV

Por Anderson Madeira em 25/07/2018 às 12:47:42

Fake news é motivo de pesquisa e preocupação nestas eleições (Foto: Pixabay)

Em tempos de fake news assombrando a sociedade e preocupando a Justiça Eleitoral em pleno ano de eleições gerais, o Instituto de Tecnologia e Equidade (IT&E) apresenta nesta quarta-feira, às 13h30, a pesquisa inédita “Desinformação em Eleições: desequilíbrios acelerados pela tecnologia”, em seminário na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A IT&E é uma ONG sem fins lucrativos que desenvolve projetos que contribuem para alcançar a equidade com o uso da ética na tecnologia.

O evento, promovido pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV, vai discutir como a tecnologia é usada para influenciar o resultado de eleições e como isso pode ocorrer no pleito deste ano, considerando o impacto das redes sociais no Brasil e no mundo. Haverá ainda no evento o lançamento da Sala da Democracia Digital, iniciativa pioneira da FGV DAPP, que tem a parceria do IT&E. O espaço físico tem a missão de antecipar movimentos nas redes sociais que possam prejudicar e desequilibrar as eleições de outubro.

"Esse tipo de tecnologia, White Paper, é reconhecido como catalisadora do processo de desinformação. O IT&E buscou explorar dimensões tanto dos processos relacionados às ‘fake news’ como o de bots: origens, tipos, características, comportamentos e contextos, bem como antídotos, legislações e iniciativas ao redor do mundo consideradas inspiradoras pela organização", informou Marco Ruediger, diretor da FGV DAPP.

A pesquisa explica que os robôs trabalham em quatro frentes distintas: coleta de informações, execução, produção de conteúdos e simulação do comportamento humano. O objetivo é gerar eleições mais justas e equitativas que possam ter como propósito central o ato de oferecer informações aos cidadãos a partir de dados e conteúdos legítimos, reduzindo ao máximo a desinformação, o uso malicioso da tecnologia e, principalmente, a manipulação do eleitor.

No seminário será apresentado um mapa da "Propaganda Eleitoral na Internet nas Eleições do Brasil em 2018". O material gráfico contém os componentes essenciais do fluxo de informações das campanhas (e grupos envolvidos seja defendendo propostas como refutando candidatos, discursos e propostas políticas).

O evento será no auditório da FGV, no 12º andar do edifício sede, na Praia de Botafogo, 190, no Rio.

Fake news impõem mudanças em propaganda na internet e educação digital nas escolas

Para reduzir o impacto das fake news, o IT&E recomenda alterar o propósito do sistema, criar novas regras para propagandas eleitorais na internet e novos fluxos de informação e que as escolas brasileiras comecem a educar digitalmente as crianças. Segundo uma recente pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dos 116 milhões de pessoas conectadas à internet, 94,2% enviaram ou receberam algum tipo de mensagem por aplicativos, como Facebook e WhatsApp. Este, por isso, anunciou que está fazendo testes para limitar a 20 o número de mensagens que podem ser encaminhadas para várias pessoas ao mesmo tempo. A nova regra valerá para todos os países, menos para a Índia. Por lá, o limite será de apenas cinco mensagens porque boatos que correm pelo aplicativo estão provocando uma onda de linchamentos. A medida também está sendo adotada para tentar conter a onda de fake news.

TSE faz acordo com partidos

O combate às fake news é uma das prioridades do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na gestão do presidente Luiz Fux. No último dia 5 de junho, o órgão assinou com 28 partidos (AVANTE, DC, DEM, MDB, PCB, PCdoB, PMB, PR, PSDB, PDT, PHS, NOVO, PPL, PP, PRB, PROS, PRP, PSC, PSD, PSL, PSOL, PSB, PTB, PV, PATRI, Rede, SD e PMN) um acordo de colaboração para a manutenção de um ambiente eleitoral imune à disseminação de notícias falsas no pleito de outubro.

Até o momento, apenas PCO, PMB, PT, PRTB, PSTU, PTC e Podemos ainda não assinaram. As siglas participantes “se comprometem a manter o ambiente de higidez informacional, de sorte a reprovar qualquer prática ou expediente referente à utilização de conteúdo falso no próximo pleito”, conforme diz o texto do documento.

Já no último dia 28 de junho, o presidente do TSE assinou dois memorandos de entendimento com entidades representativas do setor de comunicação e com as empresas Google e Facebook. Estas assumiram o compromisso de prevenir e combater a desinformação gerada por terceiros, além de apoiar o órgão em projetos de fomento à educação digital, e em iniciativas de promoção do jornalismo de qualidade.

'Fake News', diz filho de Cabral sobre candidatura sem sobrenome do pai

O deputado federal Marco Antônio Cabral (MDB), filho do ex-governador Sérgio Cabral Filho, preso em Benfica, Zona Norte do Rio, postou um vídeo em sua página no Facebook dizendo que é ‘fake news a notícia de que ele iria disputar a reeleição ao mandato omitindo o sobrenome do pai, condenado a mais de 100 anos de prisão por corrupção. No vídeo, nas redes sociais desde a terça-feira, Marco Antonio confirmou que usará o sobrenome do pai, Cabral, e vai tomar medidas cabíveis contra quem está espalhando a falsa notícia nas redes sociais.

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