Chefe do tráfico mandou matar homem por engano ao confundi-lo com PM

O chefe do tráfico na Favela do Muquiço, em Deodoro, na Zona Norte do Rio, Bruno da Silva Loureiro, vulgo "Coronel", é suspeito de ter ordenado a morte de um rapaz por engano. A vítima foi confundida com um policial militar e acabou morta no mês de maio. Por conta disso, o traficante foi denunciado pelo Ministério Público Estadual. Ele é apontado como mandante do crime que foi efetuado por um bandido conhecido como Tabaquinha, que já estaria morto.

Vale ressaltar que o assassinato ocorreu no dia 19 de maio, por volta das 11h50, na Rua Cabrália, em frente ao nº 479, no bairro de Marechal Hermes. Na ocasião, Tabaquinha efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima Wanderson Rodrigo Bezerra Mariano, causando as lesões que foram a causa eficiente de sua morte.

Tabaquinha foi reconhecido por uma testemunha por meio das imagens referentes às gravações das câmeras de segurança. Consta nos autos que Coronel, na condição de chefe do tráfico de drogas na região, teria supostamente determinado a conduta de Tabaquinha dando a ordem para matar a vítima, bem como prestado auxílio necessário para a sua consumação.

De acordo com o inquérito, o crime foi cometido por motivo torpe, em razão de ter servido para cumprir a ´lei do tráfico´, com a finalidade de demonstrar o poder da facção criminosa Terceiro Comando Puro - TCP, que domina o tráfico de drogas na Comunidade do Muquiço. A vítima foi confundida com um policial militar.

Além disso, a ação criminosa se deu mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois a mesma foi surpreendida por Tabaquinha, que, em posse de uma arma de fogo, efetuou os disparos.

"Coronel" também está respondendo a outro processo por tentativa de assassinato de um policial militar. Segundo os autos, ele teria ordenado a morte do militar e a equipe em que o agente estava foi atacada durante patrulhamento de rotina. Quatro comparsas de Coronel são acusados no mesmo fato.