A confusão generalizada que tomou conta da Avenida Atlântica no escoamento dos participantes havia sido alertada pelo MPRJ na petição inicial e no recurso, em que a promotoria discorre sobre vários problemas que poderiam ocorrer. "O deslocamento de multidões para bairro residencial sem os devidos protocolos de escoamento dos participantes, o que depende por exemplo da ampliação do transporte público, somada a ausência de locais apropriados para uso de banheiro, entre outros fatores, acirra os ânimos e aumenta o grau de periclitação da segurança pública, podendo inclusive chegar a gerar aumento do risco de ocorrências policiais, acidentes e outros sinistros, que podem inclusive fugir ao controle, em especial pela ausência de mecanismos de barreiras, escoamentos e outros protocolos prévios, valendo lembrar inclusive que, em eventos de tal magnitude e natureza, é comum também a ocorrência de situações imprevistas, as quais somente mediante o adequado planejamento podem ser absorvidas sem gerar crises de grandes proporções", diz o agravo.
O documento lembra que o Rio de Janeiro já enfrentou em anos anteriores, durante os festejos e manifestações do Carnaval, incontáveis situações de desordem urbana, deteriorando as condições de vida dos habitantes da cidade e dos visitantes nacionais e estrangeiros. "Se por um lado é certa a vocação turística da cidade do Rio de Janeiro e do bairro de Copacabana, o seu exercício, em especial, por ocasião da realização de megaeventos, deve se dar de forma a respeitar a legislação vigente e os princípios em vigor, sob pena de atentar justamente contra a higidez do Carnaval e do turismo, enquanto patrimônios imateriais da cidade, além de impactar diretamente a segurança pública", observa o recurso,
Fonte: Com site do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro