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Lan Lanh e Sagrace Menga estreiam show inédito

A cantora congolesa e a percussionista baiana apresentam composições da dupla que serão lançadas num compacto homônimo

Por Jonas Feliciano em 13/01/2020 às 15:57:59

Imagem: Divulgação

Na próxima quinta-feira (16), às 21h, Lan Lanh e Sagrace Menga estreiam o espetáculo "Musiki na Biso" (Nossa Música). O show inédito reforça a parceria e o encontro artístico da percussionista baiana com a cantora congolesa. A apresentação acontece pela primeira vez no clube Manouche, no Jardim Botânico, na Zona Sul carioca, e antecede o lançamento do compacto homônimo, composto pelas canções "Essa Tristeza" e "Alegria Vem", criações da dupla que também terão videoclipes gravados.

No palco, além dos números individuais e das inéditas, as duas tocam juntas outras cinco músicas, dentre elas as canções "Npongo" e "Nsamu wa nbote".

"Ela veio do Congo e, no meio da travessia, a gente se encontrou no MAR - no caso, o Museu de Arte do Rio de Janeiro. E seguimos no mesmo barco. Ela, uma mulher do continente negro. Eu, uma mulher do estado negro. Cada uma sofreu preconceito à sua forma, e buscou resistência na arte", refletii Lan Lanh.

Segundo a percussionista, ela se encantou com a voz de Sagrace desde a primeira vez que a ouviu.

Imagem: Divulgação

"Sagrace é a voz da África, que reverbera nos tambores da Bahia. Consagrar significa dedicar a Deus, às divindades. E, "com Sagrace" Menga, é às deusas que eu dedico a nossa música, uma maneira de voltar às origens e ultrapassar todas as fronteiras, passando por cima de qualquer muro", ressaltou.

Já Sagrace relembrou de outros momentos em que esteve junto com Lan Lanh.

"Já cantamos algumas vezes juntas e no "A Arte É Mulher", evento idealizado pela Lan que aconteceu em 2019 no CCBB-RJ, ela me convidou e retomamos a parceria. Este novo convite é a oportunidade de mostrarmos ao público nossas composições e as trocas que este encontro musical proporcionou", celebrou a congolesa.

Libertando a figura de uma ogan feminina, Lan Lanh abre o show pedindo licença com o afro samba "Canto de Xangô" (Baden Powell e Vinícius de Moraes), e segue a reza com "Coisa Nº 4", do maestro Moacir Santos, permeando, no novo trabalho, o tom afro jazz iniciado em seu álbum anterior.

Vale destacar que a apresentação resulta em ritmos que pulsam através de cordas, couro e madeira. A multi-instrumentista, pioneira do cajón no Brasil, ainda recebe o músico africano Maestro Apo e os fieis escudeiros Guto Menezes e João Felipe, com quem Lan Lanh toca há dois anos. Juntos, eles produzem um som em diferentes gêneros do afro, unificando o mundo numa só nação.

O show começa às 21h. O Clube Manouche fica na Rua Jardim Botânico, 983, no Jardim Botânico. Os ingressos custam R$ 60.





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