Esgoto a céu aberto prejudica a vida dos moradores de Mesquita

Falta de acessibilidade e até mesmo de saneamento básico são alguns dos problemas enfrentados diariamente pelos moradores do bairro Coréia, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Além dessas questões diárias, a vida dos pais do Heitor - que necessita de cuidados especiais por conta de sua paralisia cerebral - não é nada fácil. Com uma rotina de pelo menos duas vezes na semana ir até a fisioterapia tem sido complicado, por conta dos buracos e desvios necessários na rua onde residem.

A falta de acessibilidade para a criança de 4 anos é mais precária quando os pais precisam fazer um esforço para descer a ladeira e chegar ao Hospital. A Estrada do Sítio encontra-se em péssimas condições, com muitos buracos e com esgoto à céu aberto, colocando em risco não só a vida do Heitor, mas das demais pessoas que moram na localidade.

"O pouco que temos aqui é feito pelas mãos dos moradores. Colocamos um concreto no chão, custeados por nós mesmos. O caminhão de lixo também não passa por aqui. Estamos largados, tanto a Estrada do Sítio, quanto a Travessa da Vala”, relata Douglas Maganha, pai de Heitor.

Falta o essencial

Moradora há 8 anos do bairro, Amanda Santos, de 34 anos, relata a situação da localidade e a falta de cuidado por parte do poder público municipal. “A rua está em uma situação terrível porque o esgoto corre a céu aberto. A rua tem muito mato e os canos de água também ficam expostos. Não temos sequer uma assistência da prefeitura”, conta.

Além disso, os moradores precisam descartar o lixo em um outro local, pois o caminhão que realiza o serviço de coleta não consegue acessar o bairro. Ratos, baratas e outras pragas fazem parte desse cotidiano.

À noite, essa situação piora, a falta de iluminação é outro ponto que revolta os moradores que usam suas redes sociais para relatar os problemas.

“Temos que fazer a manutenção da iluminação. Precisamos consertar o esgoto quando fica escorrendo por toda rua, pois várias pessoas já ficaram doentes ou se acidentaram por conta do lodo. O abastecimento de água é precário e precisamos comprar os galões”, explica a servidora pública.

Em nota, a Prefeitura de Mesquita disse que enviará, em breve, uma equipe da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Mobilidade e Serviços Públicos para a localidade e após o diagnóstico fará os reparos necessários.