Um suposto integrante da milícia e um cúmplice vão a júri popular suspeitos de terem participado do homicídio, em 2018, de um usuário de drogas e que seria informante do tráfico em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ambos estão presos.
A vítima, identificada como Alexandre Valter da Silva, foi assassinada em abril de 2018, na Rua Itacaré, no bairro Vila São João.
Alexandre, conhecido como Nego, estaria devendo a quantia de R$200 ao suposto mandante do crime, identificado como Batoré, que o ameaçou de morte.
A vítima relatou a um traficante as ameaças do miliciano.
O criminoso teria utilizado o celular da vítima para enviar mensagens a Batoré, jurando de morte também.
Batoré, na companhia de um comparsa que também é réu no processo e dirigia o carro usado no homicídio, teria efetuado disparos em Alexandre, que estava na hora do crime junto com uma mulher.
O suposto assassino disse a conhecidos após cometer o crime: "Matei aquele otário, enchi de tiro, podem ir lá conferir". O comparsa reclamou com Batoré: " O que que você fez, você destruiu a minha vida, sou trabalhador e agora o que eu vou fazer?”
Segundo informações, Batoré seria agiota envolvido com a milícia local, que seria chefiada pelo seu tio, policial militar reformado. Nada aconteceria na região sem passar pelo seu crivo, de acordo com testemunhas.
Questionado, o agente negou essa informação alegando que trabalhava para uma construtora e também prestava serviço social a um político mas não comprovou o que disse.
Foi relatado também nos autos que Nego supostamente levava informações da localidade para a comunidade Vila Ruth, dominada pela facção rival Comando Vermelho e que milicianos da região batem nas pessoas por serem usuários de drogas ou ladrões.