Um suspeito de pertencer a milícia de Itaboraí prestou concurso para a Polícia Civil em 2018, foi aprovado em todas as fases mas acabou sendo reprovado quando foi avaliada a sua vida pregressa.
O acusado recorreu à Justiça contra a decisão sob alegação de que a suspeita se baseou apenas em foto publicada no Facebook, seguida de notícia falsa. A Justiça não aceitou o recurso e deu razão para a polícia. A decisão saiu em novembro.
De acordo com os autos, constava um disque denúncia apontando para o nome dele como possível envolvido na perigosa milícia de Itaboraí e suposta participação em uma tentativa de homicídio em 24/07/2018 . Ainda foi citado em outros dois procedimentos para apuração de delitos de lesão corporal, figurando em um deles como autor. Segundo a Justiça, isso já justificou a cautelosa conduta da Banca Examinadora.
"A reprovação do candidato na etapa de exame de pesquisa social não apresenta qualquer irregularidade passível de ser sanada por via mandamental, ainda mais, conforme salientado em sede liminar, quando baseada em fatos concretos que conduzem à conclusão pela inabilitação do candidato", argumentou a Justiça.
A Corte avaliou como de relevante importância o exame social para a seleção dos futuros ocupantes da função de oficial de cartório da Polícia Civil, sendo inquestionável que o exame impugnado se apresenta imprescindível, por tratar de pessoas que terão a nobre e difícil responsabilidade de zelar pela segurança da população.
Apesar da suspeita de envolvimento com a milícia, ele ainda não responde a nenhum processo na esfera criminal.