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Milícia tinha plano para resgatar PM preso acusado de tráfico de armas

Agente teria envolvimento com Ecko, chefe da Liga da Justiça, maior grupo paramilitar do Rio

Por Mario Hugo Monken em 17/01/2020 às 16:05:36

BEP. Foto: Divulgação

Milicianos teriam um suposto plano para resgatar do Batalhão Especial Prisional (BEP) um policial militar acusado de participar de uma organização criminosa voltada para o tráfico de armas.

Por conta disso, a Justiça determinou a transferência do PM para um presídio de segurança máxima na Zona Oeste do Rio. Entretanto, a defesa do policial recorreu e ele permanece no BEP.

A quadrilha do qual o PM fazia parte fornecia armas para a milícia. O policial teria envolvimento com Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe da Liga da Justiça, o maior grupo paramilitar do Rio.

A Justiça alegou, para transferir o preso, de que o BEP - localizado em Niterói - não dispõe de estrutura adequada para abrigar um detento de tamanha periculosidade. Por isso, houve a necessidade de transferência do réu para uma unidade prisional com nível de segurança mais elevado.

O grupo ao qual pertencia esse policial possuía estruturado um esquema associativo que objetivava altos ganhos financeiros por meio de reiterados crimes de comércio ilegal de armas de fogo e munições de uso restrito. O material era transportado desde a região de fronteira com o Paraguai para a venda em solo fluminense a outras organizações delinquentes, com quem interagia, de grandes quantidades de material bélico ilícito, de uso restrito e comercialização proscrita no país.

A denúncia relata que a organização criminosa chegou a operar por meses, desde 2017 até recentemente, pondo em prática o plano global de tráfico interestadual de armas e munições, com efetiva e contínua atuação plurilocal entre a porção sul de Mato Grosso do Sul, o oeste do Paraná e a região metropolitana do Rio de Janeiro, e pelas Comarcas nas rotas de rodovias federais que ligam aquelas localidades.

A investigação policial conseguiu vincular à organização criminosa que integram os denunciados vultosos carregamentos de munições e armas ilegais aprendidos em rodovias neste Estado. A denúncia descreve a divisão de tarefas e de hierarquia característicos desse tipo de organização criminosa e outros crimes frutos da atuação dos delinquentes, inclusive com firmes laços e negociações com outros grupos delinquentes, como a milícia e a contravenção.
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