TRE mantem Rosinha Garotinho inelegível por fraude em cheque cidadão

A ex-governadora do Rio, Rosinha Garotinho teve seu recurso julgado e recusado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) na última quarta-feira (25), mantendo a esposa de Anthony Garotinho inelegível por oito anos a contar por 2016, quando ela foi denunciada por abuso de poder político nas eleições municipais daquele ano, ao usar o programa o programa assistencial "Cheque Cidadão" em troca de votos em Campos dos Goytacazes no norte do estado, onde ela era prefeita.

Durante a plenária, a desembargadora eleitoral Cristiane Frota detalhou em números o abuso ocorrido entre junho e julho de 2016. "Oficialmente, houve um acréscimo de 1.203 agraciados com o programa assistencial, o que se revela muito acima da média mensal de inclusão de novos beneficiários. Entretanto, o incremento do programa não revela toda a extensão do ilícito. A partir de julho de 2016, três meses antes do pleito, o número de beneficiários do aludido programa mais do que dobrou, alcançando o número de 30.470 beneficiários", afirmou.

A Corte também resolveu manter a inelegibilidade, pelo mesmo período, de Giselle Koch Soares, à época coordenadora do Programa Cheque Cidadão; de Ana Alice Ribeiro Lopes Alvarenga, que era secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social; e de Francisco Arthur de Souza Oliveira e Mauro José da Silva, candidatos, respectivamente, a prefeito e a vice pela Coligação Frente Popular Progressista de Campos nas eleições de 2016, que também tiveram seus registros de candidatura cassados. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).