Janeiro é o mês roxo, para alertar sobre uma doença milenar e que, ainda hoje, é um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil e em outros países – a hanseníase. E para fechar o mês e marcar o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Rio de Janeiro (SBDRJ) realiza nesta quinta-feira (30), em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Dia da Mancha na Clínica da Família Felipe Cardoso, na Penha, das 9h ao meio-dia.
O objetivo é atrair pessoas que tenham manchas com perda de sensibilidade e pelos no corpo para uma avaliação clínica, além de orientar sobre sintomas e tratamento da doença. O atendimento será feito pela coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBDRJ, Dra. Maria Kátia Gomes, e por residentes em dermatologia. A CF Felipe Cardoso cobre, em seu território, 42 mil pessoas, mas moradores de outras regiões que tenham alguma mancha suspeita também poderão ser atendidos na ação. Em caso de diagnóstico positivo de hanseníase, os pacientes farão tratamento na própria clínica ou na unidade de Atenção Primária mais próxima de sua residência.
Doença tropical negligenciada, infectocontagiosa de evolução crônica, a hanseníase – a temida lepra – se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos, como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés, podendo deixar deficiências físicas irreversíveis. Quando diagnosticada e tratada precocemente, contudo, a doença pode ser curada sem deixar sequelas. Todo o tratamento da hanseníase é oferecido gratuitamente pelo SUS, ambulatorialmente nas unidades básicas de saúde.
O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de detecção de novos casos de hanseníase, atrás, da Índia. Para se ter uma idéia de como, em pleno século XXI, a hanseníase é ainda um problema sério de saúde pública, no ano passado o projeto Roda-Hans – do Ministério da Saúde em parceria com secretarias estaduais e municipais de Saúde e com a Sociedade Brasileira de Dermatologia e suas regionais – circulou por 19 municípios fluminenses nos meses de agosto e setembro. Neste período, 2.973 pessoas foram examinadas, sendo identificados 53 novos casos de hanseníase. Sete deles em pacientes menores de 14 anos.
Atenção aos principais sinais da hanseníase:
- Manchas na pele com alteração de sensibilidade, em geral sem coceira, sem suor e ausência de pêlos.
- Alteração nos nervos, com dormência nos pés ou mãos.
- Gânglios aumentados, inchaço, extremidades levemente arroxeadas, nariz entupido sem secreção, perda de peso.
Serviço:
Dia da Mancha / SBDRJ-SMS
Data: 30 de janeiro de 2020
Local: Clínica da Família Felipe Cardoso
Endereço: Avenida Nossa Senhora da Penha, 42 – Penha
Horário: 9h às 12h
Fonte: SBDRJ