O governo italiano revelou hoje (2) que uma equipe médica do Hospital Lazzaro Spallanzani, em Roma, conseguiu isolar o novo coronavírus. Os casos foram considerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) "emergência de saúde pública de interesse internacional" na última quinta-feira (30). Somente na China já foram vitimadas 300 pessoas, sendo que 14 mil estão infectadas.
"Isolamos o vírus e isso significa que temos muitas oportunidades para estudá-lo, entender e verificar melhor o que pode ser feito para impedir a disseminação", disse o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, ressaltando que compartilhará a descoberta com colegas de todo o mundo.
O novo vírus, chamado de 2019-nCoV, se espalha mais rapidamente, porém mata menos do que os da SARS, que causou um surto na China entre 2002 e 2003, e que o H1N1.
A Sars matou 916 pessoas e contaminou 8.422 durante toda a epidemia. A taxa de letalidade é de 10,87%. Isso representa quase 11 mortes a cada 100 doentes. Os dados são da OMS.
As duas infecções são causadas por um vírus da família "coronavírus" e recebem este nome porque têm um formato de coroa.
Quanto ao H1N1, apenas no Brasil 796 pessoas morreram no ano passado. Foram 3.430 infectados. Ou seja, a gripe matou 23,2% dos pacientes internados no Brasil com sintomas, ou 23 a cada 100 doentes.