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Alerj mantém audiência da Cedae, mesmo após demissão de Cabral

Reunião de cinco comissões prevê depoimentos do Inea, da Secretaria do Ambiente, do Ministério Público, da Polícia Civil, de prefeitos e comitês de bacias hidrográficas

Por Cezar Faccioli em 11/02/2020 às 07:30:37

Problemas na Estação de Tratamento de Água do Guandu, sobrecarregada pela poluição crescente nos rios da Baixada Fluminense, estarão no centro da audiência pública desta terça-feira na Alerj Foto Flic

A mudança na presidência da Companhia Estadual de Águas e Esgotos, anunciada na véspera (segunda-feira, 10/2) pelo governador Wilson Witzel, não alterou a disposição da Assembleia Legislativa de obter esclarecimentos imediatos sobre a crise no fornecimento de água no Grande Rio. Foi mantida para a manhã de terça-feira, 11/2), uma audiência pública conjunta de cinco comissões permanentes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) para discutir soluções e a origem dos problemas no abastecimento.


O encontro, que acontece às 10h no plenário da Alerj, contará com a participação de um representante da presidência da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e representantes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Ministério Público, da Secretaria de Estado do Ambiente, da Polícia Civil, prefeitos e secretários de Meio Ambiente das cidades atendidas pela Cedae, além de integrantes dos Comitês de Bacias e representantes da sociedade civil, entre outros. Escolhido para a sucessão de Hélio Cabral Moreira na Cedae por Wilson Witzel, o engenheiro Renato do Espírito Santo aguarda o encontro do Conselho de Administração da empresa para ser confirmado no posto, embora o controle do capital da companhia pelo Tesouro fluminense torne a reunião praticamente uma formalidade.

Desde janeiro, moradores dos municípios da região metropolitana reclamam do gosto e do cheiro da água provocado pela substância geosmina - produzida por algas. A audiência foi marcada pelas comissões de Saneamento Ambiental, Segurança Alimentar, Direitos Humanos, Meio Ambiente e Economia e Política Urbana.

“Fiz o convite ao presidente da Cedae no dia 7 de janeiro, ainda durante o recesso parlamentar, pouco depois de saírem as primeiras notícias sobre problemas com a água fornecida pela Cedae. Ele nos respondeu, dizendo que poderia vir no dia 11. Propusemos, então, a realização de uma audiência pública. Será uma excelente oportunidade de reunirmos, pela primeira vez, todos os interessados para discutirmos o problema, investigarmos as causas e cobrarmos soluções definitivas”, afirma Gustavo Schmidt (PSL), presidente da Comissão de Saneamento Ambiental.

Fonte: Com site da Alerj

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