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Contra a homofobia

Empresa de ônibus se retrata com jovem vítima de homofobia da linha 746

Portal Eu, Rio! mostrou caso no último dia 22


Empresa entrou em contato com vítima após incidente do último sábado (Foto: Daniel Coutinho)

Após ter sofrido ataques homofóbicos e até se ferido quando pegou um ônibus da linha 746 no último sábado (22), conforme o portal Eu, Rio! noticiou, o estudante de Direito Charles Dias, de 26 anos, recebeu uma ligação da empresa de ônibus Redentor, detentora da linha 746 (Jabour x Cascadura). Apesar das providências que estão sendo tomadas judicialmente contra motorista e empresa, Charles gostou da atitude da empresa.

"A empresa de ônibus se retratou por telefone e me convidou a conhecer toda a estrutura deles e participar de uma palestra e ver como é o treinamento dos funcionários, uma vez que eles repudiam essas atitudes homofóbicas e os treina para que isso não ocorra", disse Charles, morador de Jacarepaguá.

O Grupo Redentor, que administra as empresas Transportes Barra, Viação Redentor e Transportes Futuro, tem 5.600 funcionários, destes quase 3.000 são motoristas. Segundo Arthur Amaral, gerente operacional da Transportes Barra, todos os funcionários são submetidos a treinamentos de técnicas de direção profissional e de atendimento ao público, "incluindo tratamento igualitário, cortês e respeitoso para com todo o cidadão", afirma.

Quanto à identificação e punição do motorista, "O próprio Sr. Charles não soube identificar o veículo ou o motorista, portanto, não temos no momento informações suficientes para atribuir responsabilidade ou punição a qualquer profissional, e sequer atestar a ocorrência, inclusive porque nenhum dos motoristas da linha reconheceu o fato noticiado, comenta Pedro D" Alcantara, Departamento Jurídico da Transportes Barra.

A vítima, aluno de Direito, recebe auxílio do NUDIVERSIS (Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual) da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, que atua na defesa individual e coletiva dos cidadãos LGBT, buscando fomentar e monitorar as políticas públicas destinadas a promover igualdade deste grupo populacional.

 "Os canais de denúncias como o NUDIVERSIS são extremamente relevantes. As denúncias de homofobia são importantes para as outras pessoas que venham a sofrer desse tipo de discriminação vejam, não se intimidem e denunciem também. Dessa forma, a impunidade pode diminuir e o combate à violência contra pessoas LGBT se torna mais forte e eficaz.", afirma Júlio Moreira, diretor do Grupo Arco Íris.

O NUDIVERSIS funciona na Avenida México 11/15º andar, Centro, Rio de Janeiro, para atender demandas da população LGBT. Mais informações pelo número 129 ou pelo link http://www.defensoria.rj.def. br/Cidadao/Atendimento-On-line

Violência contra LGBTI no Brasil

Cerca de 200 mortes de pessoas LGBT foram registradas no primeiro semestre deste ano, segundo um levantamento do Grupo Gay Bahia (GGB). O estudo foi realizado através de informações repassadas por Grupos Gays de todo o país. Contando ocorrências registradas desde janeiro até o dia 10 de abril.

O Rio é o 5º lugar de estado com maior registro de crimes de ódio contra a população LGBTI +. Os primeiros são: São Paulo (59), seguido de Minas Gerais (43), Bahia (35), Ceará (30), Rio de Janeiro (29), Pernambuco (27) e Paraná e Alagoas (23). Entre as regiões, a maior média foi identificada no Norte (3,23 por milhão de habitantes), seguido por Centro-Oeste (2,71) e Nordeste (2,58).

Rio registra mais casos de violência contra LGBT em 2018

O Rio de Janeiro registrou mais casos de agressão contra pessoas LGBTI+ no primeiro trimestre de 2018 do que em todo o ano passado, de acordo com dados divulgados pela Coordenadoria Especial de Diversidade Social (Ceds) da prefeitura. Nos primeiros meses deste ano, foram 30 denúncias recebidas pelo órgão. 

O caso de Charles - No dia 22, o estudante acusou o motorista da linha 746 (Jabour x Cascadura) de homofobia. "Viado tinha que morrer. Se eu pudesse, mataria todos". Essas teriam sido as frases que o rapaz ouviu do condutor do veículo ao desembarcar em Campinho, na noite de sábado (22), por volta de 20h30.

Segundo o passageiro, ao descer da condução, o motorista teria arrancado com o carro propositalmente, o que fez com que o jovem caísse e machucasse as pernas e o joelho. A vítima teria sido socorrida por um senhor, também passageiro do ônibus, que desceu no mesmo momento, e ajudou o rapaz a se levantar.


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