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Saúde planeja eliminar hepatite C até 2030

Há vários tipos de hepatite. Saiba como prevenir

Por Cristina Ramos em 28/07/2018 às 09:50:18

Hepatite é doença séria e precisa de cuidados para não contraí-la (Foto: Pixabay)

Um plano entre o Ministério da Saúde, estados e municípios, pretende eliminar a hepatite C no Brasil até 2030. A ideia é simplificar o diagnóstico, ampliar a testagem e fortalece o atendimento às hepatites virais. Atualmente, a hepatite C tem o maior número de notificações dentre as hepatites. Em 2017, a taxa de incidência foi de 11,9 casos por cada 109 mil habitantes.

Estima-se que, no Brasil, 2,3 milhões de pessoas tenham algum tipo de hepatite e cerca de 1,5 milhão são portadores do tipo C.  Ainda não se tem uma vacina para este tipo de hepatite. A hepatite é uma inflamação aguda no fígado, que pode ser causada por vírus, bactérias, agentes tóxicos como o álcool, e até medicação. Há também a hepatite autoimune, que a pessoa desenvolve naturalmente.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hepatite C é causada pelo vírus C (HCV), presente no sangue de pessoas infectadas. O modo de transmissão se faz através de transfusão de sangue, compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas e cachimbos), de material de higiene pessoal (lâminas de barbear, escovas de dente e alicates de unha) e em confecção de tatuagem e colocação de piercings.

A transmissão também pode ocorrer através do sexo sem camisinha com uma pessoa infectada e da mãe infectada para o filho, durante a gravidez.

É importante se fazer o diagnóstico da hepatite C, explica o Infectologista Dr Alberto Chebabo, do Hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ.

"A hepatite C é uma doença silenciosa, que causa consequências graves a longo prazo, como cirrose e câncer de fígado. E agora dispomos de um tratamento que consegue curar a doença em mais de 95% dos casos. São várias drogas, o sofosbuvir entre elas".

Segundo a Anvisa, o Sofosbuvir deve reduzir os custos do tratamento para hepatite C. Os medicamentos genéricos entram no mercado com valor no mínimo 35% menor que o do produto de referência.

Apesar das mortes globais por hepatite estarem aumentando, novas infecções pelo VHB estão diminuindo graças ao aumento da cobertura vacinal contra o vírus entre crianças.  84% das crianças nascidas em 2015 receberam as três doses da vacina recomendadas contra a hepatite B, em caráter mundial.

As hepatites e o modo de transmissão:

A principal forma da transmissão da hepatite A é fecal-oral por contato entre indivíduos, ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus.

 A hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível e está presente no sangue, no esperma e no leite materno.

A hepatite C é transmitida através do compartilhamento de instrumentos perfurantes e cortantes contaminados pelo vírus.

O Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente a vacina contra a hepatite B em qualquer posto de saúde para pessoas de até 49 anos.

A imunização é feita em três doses e só é eficaz quando tomada com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose.

 Não existe vacina contra a hepatite C.

A vacina de hepatite A foi introduzida no calendário infantil em 2014, para crianças de 1 a 2 anos de idade

A hepatite D depende da hepatite B para ocorrer, então, vacinar contra o tipo B previne o tipo D. A hepatite E tem ocorrência rara no Brasil e não há vacina disponível para a doença

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