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Empreendedoras femininas já são 24 milhões no Brasil

Mulheres aproximam-se do número de homens empreendedores

Por Portal Eu, Rio! em 14/03/2020 às 07:00:00

Fotos: Divulgação

A projeção da mulher no mercado de trabalho nas últimas décadas é notória. O mesmo pode ser dito no empreendedorismo, quando elas estão em franca evolução a cada ano. Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apóio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a consultoria Enterpreneurship Monitor apontou que havia, no Brasil, 24 milhões de mulheres empreendedoras em 2019, sendo o sétimo país do ranking mundial. A diferença para os homens é de apenas um milhão de empreendedores a favor do sexo masculino. Um relatório do Boston Consulting Group (BCG) indica que as mulheres empreendedoras podem aumentar o Produto Mundial Brito em torno de US$ 5 trilhões, o que corresponde a duas vezes o Produto Interno Bruto do Brasil.

O empreendedorismo feminino tem várias vertentes para explicar a evolução nos últimos anos. Uma delas é a questão da desigualdade nas relações de trabalho. A questão da gravidez e Licença Maternidade é outro momento que as mulheres sentem na pele as constantes demissões pós período de licença mesmo havendo pesquisas afirmando que a mulher, ao tornar-se mãe, aumenta sua produtividade no trabalho.

As mulheres continuam a ter seus vencimentos inferiores aos homens em torno de 22% mesmo possuindo maior nível de escolaridade. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e foram colhidos entre 2012 e 2018. Segundo o Sebrae, cerca de 9,3 milhões de mulheres estão à frente de um negócio, totalizando 34% de todo o empreendedorismo formal e informal no país. Um outro levantamento realizado pelo Alelo e Instituto Ipsos mostra que 50% dos entrevistados que possuem empregos fixos querem empreender nos próximos cinco anos - pesquisa realizada entre agosto e setembro do ano passado com pessoas entre 18 e 65 anos que sentem-se satisfeitos com a ocupação atual mas mesmo assim pensam no empreendedorismo.

Rita de Cássia, 50 anos, graduada em Letras e cursos técnicos de Estética, é uma empreendedora da marca Não+Pelo no bairro do Flamengo, uma das unidades com maior faturamento no Rio de Janeiro. Uma das curiosidades negativas que Rita de Cássia passou em sua loja foi diante de uma cliente que gostaria de falar com a proprietária da unidade achando que ela era uma funcionária. "Lembro-me que a cliente em questão entrou à loja cheia de atitudes e mostrou-se surpresa quando eu disse que era eu a franqueada da unidade, relata Rita de Cássia, sublinhando a questão do preconceito racial. "As pessoas ainda se assustam quando um negro está à frente de um empreendimento", completa.


Antes de tornar-se empreendedora no franchising, trabalhou com o esposo por 16 anos numa loja própria de Informática aberta um pouco antes de ambos finalizarem a universidade. A queda nas vendas e o aparecimento do wireless fez com que o casal investisse na abertura de uma empresa capaz de suprir necessidades básicas e com mais facilidade para a gestão. A busca por franquias dava esse suporte. Atualmente, Rita fatura acima da media mensal da rede. Ela investiu R$300 mil na unidade que fica numa das principais ruas do bairro do Flamengo.

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