Dirigente do Flamengo: 'ar-condicionado do incêndio no Ninho do Urubu era recondicionado'
Refrigerador responsável pela morte dos atletas ficava numa oficina localizada na sede do clube
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A CPI dos Incêndios da ALERJ realizou na última terça-feira (10) uma oitiva com dirigentes e ex-dirigentes do Flamengo para tratar sobre a tragédia no Ninho do Urubu. Durante a audiência, o atual gerente de patrimônio, Luiz Humberto Costa, afirmou que o aparelho de ar-condicionado responsável pelo incêndio no contêiner não era novo, mas sim recondicionado. Ele também informou que o refrigerador ficava numa oficina localizada na sede do clube, na Gávea.
“Na véspera do incêndio, o senhor Colman – responsável pela oficina - realizou a troca do ar-condicionado. Era utilizado o maquinário que já tinha na Gávea e eles traziam a máquina para a gente no Centro de Treinamento. Ele não me trazia um aparelho novo nas vezes em que era necessária fazer a troca”, explicou.
Durante a audiência, Marcelo Helman, ex-diretor executivo de administração do Flamengo, declarou que o alojamento foi uma demanda da Diretoria de Futebol, com conhecimento e recursos provenientes da Diretoria de Meios, que é responsável pelas obras realizadas no CT: “Durante um longo tempo, essas crianças que vieram a sofrer essa tragédia e muitas outras conviveram ali com absoluta anuência do clube e da diretoria atuante, e demandadas pelo Futebol”.
Os diretores e ex-diretores permaneceram afirmando que não tinham conhecimento sobre os autos de interdição do CT. “Se não foram de conhecimento dos diretores aqui presentes e de todos os que já passaram por aqui, como de fato não foram, isso é muito grave, porque significa que está na mão de alguém que quer proteger algo. Esses documentos não são uma carta de comunicação, é uma coisa muito séria”, disse Helman.
Fonte: ALERJ