Witzel quer R$ 40 bilhões de Bolsonaro para combater coronavírus

Em reunião realizada hoje (16) pela manhã com seu Gabinete de Crise, da qual participou seu secretariado, o governador Wilson Witzel (PSC) decretou que bares e restaurantes poderão realizar somente os serviços de delivery ou de retirada para viagem.

Academias e clubes ficarão fechados temporariamente. Com relação às praias, bombeiros estão nos locais informando a população sobre o risco de aglomerações em tempos de coronavírus. "O momento é de ficar em casa, faço esse apelo'", afirmou Witzel, lembrando que as férias dos policiais também estão suspensas.

Em relação à entrada e saída da capital fluminense, está em análise que os transportes sejam totalmente interrompidos, visando fazer uma "barreira" para que o Covid-19 não se prolifere no interior do estado.

Witzel disse que o país deve se inspirar em países como a Holanda. "Falei hoje com o cônsul da Holanda, me mandou comunicado dizendo que (os restaurantes) só vão trabalhar com delivery (entrega em domicílio) e take away (o próprio cliente pega a comida). O mundo está tomando essas medidas", ressaltou.

Ajuda federal

Ele também disse que conversa com governadores e espera injeção de R$ 40 bilhões em estados e municípios para evitar o agravamento da crise, com a queda na arrecadação em serviços, por exemplo. Estava agora mesmo no grupo dos governadores conversando com o governador Wellington Dias (PT/PI) e estamos preparando medidas para levar ao Governo Federal para compensar a economia. "Inicialmente estamos falando de R$ 40 bilhões para injetar nas economias dos nossos estados e municípios para evitar que tenhamos consequências gravíssimas", disse o governador do Rio.

300 leitos

Em reunião com empresários, Witzel pediu para que as empresas trabalhem em turnos — diminuindo as aglomerações. Ele admitiu que o estado "praticamente não tem capacidade de absorver nenhum doente com uma dificuldade respiratória". Em 30 dias, ele espera que sejam criados 300 leitos.

Vírus para casa

Segundo Witzel, as praias são muito importantes para o carioca. "Mas, nesse momento, serão armas que vão levar o vírus para casa. Nossos pais e nossos avôs são os que vão sofrer", disse ele. O governador disse que ainda não vai usar de força para a interdição da orla, mas que espera a conscientização da população.