Hospital de Bonsucesso abre 170 leitos para casos graves de Covid-19

O Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) será o centro de referência para internação dos casos graves de coronavírus (COVID-19). A partir da próxima terça (31/3), um dos seis prédios da unidade será esvaziado e destinado ao tratamento de infectados. Serão 170 leitos a disposição. O objetivo é manter os pacientes com coronavírus em estado grave isolados dos demais pacientes do hospital.

Com isso, o estado do Rio de Janeiro passa a ter o HFB como referência no atendimento de gestantes e crianças com suspeita de coronavírus. Segundo divulgou a direção do hospital, a unidade só atenderá pacientes encaminhados de outros postos de saúde básica ou hospitais federais do Estado.
Já os pacientes acometidos de outras doenças e internados no HFB serão transferidos para outros prédios da unidade, além dos hospitais do Andaraí, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e dos Servidores.

O HFB já recebeu 300 mil luvas, 30 mil máscaras cirúrgicas, 4 mil máscaras N95, 7 mil aventais, 50 mil toucas e 200 face shields (proteção de acrílico para o rosto).

Coronavírus avança no Brasil

De acordo com o Sistema de Informação de Vigilância da Gripe divulgado em nesta quinta-feira (26), em 391 casos de infecção pelo coronavírus, a maioria ocorreu em pessoas com mais de 30 anos. Já as mortes provocadas pela doença aconteceram em pessoas que acumulavam com outras enfermidades e com mais de 70 anos de idade.

Na quinta-feira (26), o primeiro caso de infecção pelo coronavírus completou um mês. No mesmo dia, o Ministério da Saúde divulgou o balanço da doença no país. Até a noite de ontem foram registrados 2.915 casos confirmados de Covid-19, com 77 mortos.

Para combater a doença, o Ministério anunciou a aquisição, por meio de compra e doações, de 22,9 milhões de testes para diagnosticar a Covid-19. Também liberou cerca de R$ 1 bilhão para o combate ao coronavírus. O dinheiro é destinado ao fortalecimento das ações contra o vírus.

Apesar do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro contrário ao isolamento social, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, voltou a pedir que a população evite aglomerações e que idosos fiquem em casa:

"Embora não dê para fazer uma previsão de quantos casos teremos nas próximas semanas, sabemos que o número vai aumentar, especialmente porque estamos adquirindo mais testes e vamos diagnosticar mais. Pode ser que a situação no Brasil seja melhor que a da Itália, nas próximas semanas, mas tudo depende do comportamento do vírus", explicou Gabbardo.