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Governo empresta R$ 40 bilhões para folha de pagamento de quem mantiver empregados

Empréstimo, só para quem não demitir, tem seis meses sem pagar e 36 para quitar. Alvos são 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de pessoas

Por Portal Eu, Rio! em 27/03/2020 às 12:18:23

Com Paulo Guedes fora, Bolsonaro abriu espaço para o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, detalhar a maior parte das medidas Foto Agência Brasil

Sem o ministro da Ecoinomia, Paulo Guedes, ao seu lado, o presidente Jair Bolsonaro anunciou uma linha de crédito de R$ 40 bilhões para cobrir dois meses de folha de pagamento de pequenas e médias empresas. Os empréstimos terão seis meses de carência e 36 meses (três anos) para pagamento. A estimativa é de atender 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de pessoas. Pra fazer jus ao crédito, as empresas terão que se comprometer a não demitir funcionários por dois meses. Os recursos serão creditados diretamente ao funcionário, por CPF, ficando a empresa responsável pela dívida.

Bolsonaro anunciou as medidas econômicas ao vivo na TV Brasil, com rede facultatica para emissoras de rádio e TV, com os presidentes Roberto Campos Neto, do Banco Central, Gustavo Provenzano, do BNDES, e Pedro Guimarães, da Caixa Econômica Federal. As microempresas, com faturamento abaixo de R$ 360 mil, e os trabalhadores informais serão atendidos, mas em programas ainda a serem anunciados, de acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Os contratos de empréstimos terão cláusulas para condicionar a liberação dos recursos ao compromisso de não demitir funcionários. A linha cobre os ganhos de empregados com até dois salários-mínimos (R$ 2,09 mil, em valores atuais). Acima desse valor, o compromisso cabe à empresa.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, explicou que o segmento das pequenas e médias empresas foi atendido primeiro, pelos bancos enfrentarem maiores dificuldades para modelar as operações. Os bancos privados responderão por R$ 3 bilhões mensais, e outros R$ 17 bilhões virão do Tesouro Nacional. As microempresas terão outro modelo de ajuda, ainda em preparação. Para as grandes empresas, a aposta principal é o aumento da liquidez nos bancos, pela compra direta de crédito junto aos bancos, que demanda mudanças legais sobre a atuação do Banco Central. "

A ausência do ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou atenção da imprensa. Campos Neto, Provenzano e Guimarães procuravam enfatizar a todo momento que o programa de medidas emergenciais, ao longo da crise provocada pela pandemia do Covid-19, vinha sendo formulada por Guedes e seus auxiliares diretos. Não explicaram, contudo, a ausência do chefe. Roberto Campos Neto chegou a cometer um ato falho, tratando Guedes como seu superior. Corrigiu-se imediatamente após, lembrando de público a independência formal do Banco Central. Bolsonaro, mais sintético do que em outros anúncios, não teceu comentários sobre a ausência de Guedes.

Bolsonaro anunciou também uma linha de crédito mais barata para as Santas Casas. Os juros anuais serão reduzidos à metade, de 20% para 10%. Os hospitais e serviços das Santas Casas atravessam dificuldades financeiras, que o empréstimo mais barato o Governo avalia poderão resolver. No total, seria R$ 15 bilhões de crédito emergencial para essas instituições. No anúncio, Bolsonaro citou sua gratidão pessoal, atribuindo a Deus e às equipes médicas da Santa Casa de Juiz de Fora a recuperação da facada sofrida no atentado de 6 de setembro de 2018.

O presidente do BNDES, Gustavo Provenzano, anunciou uma linha de crédito de R$ 2 bilhões para empresas de Saúde, já no sábado (28/3). Em até duas semanas, o banco espera anunciar linhas especiais para concessionárias de transporte de passageiros e companhias aéreas, fortemente afetadas pelas restrições de mobilidade.

A CEF discute com a Sebrae acesso a fundos de garantia de R$ 12 bilhões. O presidente da Caixa prometeu a máxima agilidade possível na liberação das linhas, a começar por quem já é cliente do banco oficial. Guimarães anunciou que 800 mil famílias já haviam conseguido rolar por três meses as prestações de crédito imobiliário




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