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Projeção pessimista

Estudo se opõe ao alívio da quarentena e prevê 44 mil mortes de Covid-19

Abrandamento do isolamento é uma das medidas defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro


Grupo prevê a morte de 529 mil brasileiros caso a estratégia de isolamento social que só mantenha idosos em casa seja aplicada. Foto: Agência Brasil

O Grupo de Resposta à Covid-19 do Imperial College de Londres, instituição que vem fazendo quase em tempo real projeções matemáticas do crescimento da pandemia do novo coronavírus, prevê a morte de 529 mil brasileiros caso a estratégia de isolamento social que só mantenha idosos em casa, como sugere o presidente Jair Bolsonaro, seja aplicada. Em contrapartida, uma restrição mais ampla de isolamento, e feita rapidamente, supõe o resultado bem menos dramático, em torno de 44 mil mortes.

O alívio da quarentena é uma das medidas defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro, que alega risco de colapso econômico. "O brasileiro quer trabalhar. Esse negócio de confinamento aí tem que acabar, temos de voltar às nossas rotinas. Deixem os pais,os velhinhos, os avós em casa e vamos trabalhar", disse, à BandTV.

Cerca de 202 países são modelados pelo trabalho do Imperial College. Porém, a estimativa foi realizada com base nos dados da China e de países com alta renda. Ainda de acordo com os cientistas, liderados por Neil Ferguson, estima-se que, na ausência de intervenções, a Covid-19 resultaria em 7 bilhões de infecções e 40 milhões de morte no mundo todo.

"Estratégias de mitigação focadas na blindagem de idosos (redução de 60% nos contatos sociais) e desaceleração, mas não interrupção da transmissão (redução de 40% nos contatos sociais para uma população mais ampla) poderia reduzir esse ônus pela metade, salvando 20 milhões de vidas, mas prevemos que, mesmo nesse cenário, os sistemas de saúde em todos os países será rapidamente sobrecarregado", dizem os pesquisadores. Eles continuam:

"É provável que esse efeito seja mais grave em contextos de baixa renda onde a capacidade é mais baixa. Como resultado, prevemos que o verdadeiro ônus em ambientes de baixa renda que buscam estratégias de mitigação podem ser substancialmente mais altos do que refletido nessas estimativas", finalizam.




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