Detentas vão produzir máscaras de proteção contra Covid-19
Ação ainda visa o auxílio aos profissionais que têm contato direto com a doença
As detentas da Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, que atuam no setor de costura em troca de redução da pena, vão confeccionar cerca de 30 mil máscaras de proteção contra o Covid-19. A ação, baseada nas determinações do governador Wilson Witzel, objetiva atingir os agentes da área de segurança do Estado e, depois, ampliar a produção para demais profissionais que têm contato direto com a doença.
As secretarias de Estado de Trabalho e Renda, e de Administração Penitenciária e da Fundação Santa Cabrini estão atuando em conjunto nesta ação. No último sábado (28), na unidade prisional, foram entregues os materiais necessários para a produção das máscaras. O encontro contou com a presença dos secretários estaduais Alexandre Azevedo (Administração Penitenciária), Jorge Gonçalves (Trabalho e Renda) e Darcy Luiz Azevedo (presidente da Fundação Santa Cabrini.
Segundo o presidente da Fundação Santa Cabrini, Darcy Azevedo, essa é uma atitude correta, solidária e possível de ser feita. Além disso, possui papel fundamental na reabilitação das penadas, atrelada ao auxílio dos profissionais da saúde.
"Temos uma o oficina de trabalho dentro do Instituto Penal Talavera Bruce que é o de corte e costura industrial. Redirecionamos as apenadas para produzir essas máscaras. Os materiais foram adquiridos pela Setrab e elas já começaram a produzir as primeiras máscaras. Estamos ajudando aos dois lados, dos profissionais da saúde e na reabilitação das apenadas. As peças serão disponibilizadas para as áreas de segurança e saúde. Serão produzidos milhares peças por dia, seguindo os critérios sanitários e de confecção para a produção destas máscaras, que terão um custo muito baixo. É uma atitude correta, solidária e possível de ser feita. Essa é uma forma que a Fundação Santa Cabrini está adotando para participar no combate a propagação do coronavirus", apontou o presidente.
A diretora da Penitenciária Talavera Bruce, Silvana Silvino, se pronunciou sobre a ação e disse que ainda não é possível calcular o tempo necessário para a confecção da quantidade de máscaras, tendo em vista que o tecido necessário nunca foi utilizado nas peças produzidas por elas rotineiramente. Cerca de 20 apenadas vão trabalhar, exclusivamente, na produção de máscaras durante o próximo final de semana.