Desde que foi agredida pela modelo Fernanda Bonito, 27, em janeiro deste ano, a consultora imobiliária Milka Borges, 33, vem tentando se recuperar do episódio traumático. Ela já passou por duas cirurgias e levou 90 pontos na boca. Entretanto, as cicatrizes são mais profundas do que parecem e deixaram marcas que, dificilmente, serão esquecidas. Além do rosto ferido, Milka convive com a lentidão da justiça brasileira.
Lutando para ter a vida normalizada, MIlka precisa conviver com a sensação de impunidade. Afinal, sua agressora continua livre, não lhe ofereceu apoio e ainda não respondeu pelas lesões que poderiam ter causado danos irreversíveis. Por meio do seu perfil no Instagram, a corretora tem mostrado a evolução das intervenções médicas.
Vale relembrar que o fato aconteceu no restaurante Iulia, no Jockey Club de São Paulo. Fernanda Bonito, a agressora, era namorada de Rodrigo Lima, um dos sócios do estabelecimento. Apesar disso, ao portal Eu,Rio!, Milka afirmou que até hoje não recebeu qualquer tipo de ajuda para custear seus tratamentos.
"Desde 11 de janeiro, a Fernanda só prestou depoimento. Nem ela e nem os donos do Iulia ajudaram com nada. Eu estou custeando tudo, sem nenhum tipo de apoio. Por um período, deixei de trabalhar. Com isso, passei por problemas profissionais e financeiros. Já vivi inúmeros consconstrangimentos e dores de cabeça", afirmou a corretora.
Ela ainda ressaltou que precisará passar por outros procedimentos médicos como cirurgias plásticas, tratamento psicológico, dermatológico, entre outros.
"Uma das lesões causou um dano irreversível na região maxilar. Por isso, tenho que continuar sendo acompanhada por dentistas, especialistas em buco-maxilo e fisioterapeuta. Algumas medicações causaram queda de cabelo e eu também precisei ser atendida por um endocrinologista. Todos os dias, tento buscar forças para lutar por justiça, pois se eu não fizer isso, ninguém vai fazer por mim", disse Milka.
Por enquanto, o processo envolvendo Milka e Fernanda está registrado como lesão corporal grave. Contudo, se a denúncia for aceita pelo Ministério Público de São Paulo, é possível que o inquérito policial passe a ser considerado um processo criminal de tentativa de homicídio. Mesmo com essa possibilidade, a corretora contou que não houve interesse da modelo em tentar amenizar a situação.
"Ela deu versões diferentes do caso em programas de televisão e no seu próprio depoimento. Eu também recebi diversas mensagens de perfis fakes, mas não sei se era ela realmente. A minha irmã entrou em contato com os donos do Iulia e eles não demonstraram interesse em me ajudar. Tudo com muita frieza", lamentou.