Garis da Comlurb querem redução de trabalho por causa do novo coronavírus
Morte de gari contaminado por coronavírus faz com que colegas pressionem a instituição
Depois da morte do gari Manoel Helton Gonçalves Coelho, de 62 anos, por suspeita de covid-19, funcionários da Comlurb exigem redução de escala de trabalho e denunciam as condições precárias em que trabalham, expostos ao novo coronavírus.
Os garis pedem a redução de 50% de redução nas escala pra todo os setores da Comlurb. Também querem equipamento de proteção,álcool geral e sabão para todos gerências.
Outras reivindicações são a liberação de maiores de 60 anos do trabalho bem como aqueles com problemas de saúde que os colocam no grupo de risco. Segundo informam, a empresa não está seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os funcionários da Comlurb também pedem a realização de testes para a Covid-19 nos locais de trabalho onde tiveram casos confirmados.
Denúncias
O vereador Babá denunciou a Comlurb ao Ministério Público do Trabalho. Ele cobra iniciativa por parte da compra. A denúncia foi encaminhada para o desembargador Marcelo José Fernandes da Silva.
"Segundo os garis, pelo menos 10 estão em quarentena com indícios de contaminação. Com a pandemia ficou pior. Faltava álcool em gel e até sabão para higienizar as mãos. As denúncias chegam de várias formas", disse o vereador.
Em nota, a Comlurb informa que as alegações não procedem.
"Todas as medidas vêm sendo tomadas pela Companhia para a proteção dos garis durante a pandemia, entre elas: reforço para que usem o EPI completo para cada função, incluindo máscaras, avental e óculos de proteção para os que trabalham em hospitais; Água, sabão, produtos de limpeza e de higiene, além de recipiente com álcool gel, em todas as gerências; Dispensa do trabalho de todos acima de 60 anos, dos que fazem parte do grupo de risco, dos que demonstrem sintomas de gripe; Limpeza ostensiva das gerências, caminhões, vans, equipamentos e tudo mais usado pelos garis; Escalonamento de horário de chegada e saída nas gerências para evitar aglomeração