O Estado do Rio de Janeiro está a um passo de ser reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação. Contudo, para isso, é necessário que seja dado o prosseguimento das ações programadas pelo Ministério da Agricultura. De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Marcelo Queiroz, a campanha de vacinação vai acontecer dentro do cronograma nacional.
Desse modo, a primeira etapa da iniciativa vai ser realizada entre 1 e 31 de maio. Neste período, serão imunizados bovinos e bubalinos de todas as idades.
"Em razão da pandemia do novo coronavírus vamos seguir as recomendações de medidas de prevenção adotadas pelo Ministério da Saúde, tomando todos os cuidados para que a vacinação ocorra satisfatoriamente e sem colocar em risco a saúde dos produtores rurais e dos servidores do serviço veterinário oficial. Agora é importante essa fase para conseguirmos ficar livres da vacina e, com isso, ampliar significativamente o mercado", informou o secretário.
Vale ressaltar que as atividades da defesa agropecuária são consideradas essenciais e, além da necessidade de manutenção dos compromissos com as zonas reconhecidas como livre de febre aftosa junto à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), há um grande interesse econômico na obtenção desse status.
Os produtores e estabelecimentos agropecuários que comercializam as vacinas vão ser orientados quanto às normas para venda. De acordo com o Superintendente da Defesa Agropecuária, Paulo Henrique de Moraes, serão efetuadas fiscalizações nos estabelecimentos que negociam o medicamento.
"Durante todas as campanhas, os agentes da Defesa Agropecuária estadual fazem vistorias e fiscalizam as lojas que comercializam a vacina. Nesta etapa, apesar da situação atípica, essa fiscalização será mantida para garantir que o produto seja vendido com qualidade aos pecuaristas. As lojas estão sendo orientadas a buscarem meios de facilitar o acesso dos criadores à vacina e que os auxiliem na entrega da declaração de vacinação, sempre que possível. No caso dos produtores, como de costume, deverão adquirir a vacina utilizando caixas de isopor com gelo e adotar todas as medidas recomendadas para evitar a exposição ao risco de contágio", detalhou Paulo.
A Secretaria de Agricultura Estadual, por meio da Defesa Agropecuária, permitirá que o pecuarista faça o lançamento da sua própria declaração de vacinação utilizando o Sistema de Integração Agropecuária - SIAPEC3.
Por tal motivo, o orgão deve disponibilizar e-mail e whatsapp para envio da declaração e para tirar eventuais dúvidas sobre a campanha. O produtor ainda poderá contar com o apoio dos sindicatos rurais, lojas agropecuárias e prefeituras no recebimento de declarações, que serão repassadas aos escritórios do serviço oficial, evitando a aglomeração nesses postos.
Para comprovar a vacinação do seu rebanho, por e-mail ou via WhatsApp, o pecuarista pode digitalizar ou tirar uma foto do formulário de Declaração preenchido e da Nota fiscal, depois enviar a um dos contatos de e-mail ou para o Whastapp: (021) 98605-1198.
Os contatos de e-mail dos Núcleos de Defesa Agropecuária podem ser acessados por meio deste link: https://is.gd/nFCJ3D
O pecuarista Edgar Martins, já se preparou para vacinar o rebanho sem aglomeração.
"Vamos controlar a vacinação nos currais, os fornecedores já estão entregando a vacina nas propriedades, o facilita muito nossa vida. E agora podemos enviar a declaração e nota fiscal via e-mail e WhatsApp", disse Edgar.