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Congresso prorroga CPI das Fake News, mas Supremo tem palavra final

Comissão que investiga notícias falsas plantadas na internet espera ação de Eduardo Bolsonaro ser julgada por Gilmar

Por Portal Eu, Rio! em 23/04/2020 às 01:11:24

Presidente da CPI das Fake News, senador Ângelo Coronel vai vai aguardar a decisão do Supremo sobre ação do deputado Eduardo Bolsonaro Foto Agência Senado Marcos Oliveira

O presidente da comissão parlamentar de inquérito que investiga notícias falsas disseminadas pela internet (CPI das Fake News), senador Angelo Coronel (PSD-BA), divulgou nota oficial na quarta-feira (22/4) em que reitera que a decisão de prorrogar as investigações foi tomada pelo Congresso Nacional. O senador enfatizou ainda que vai aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que pede que a Corte suspenda a prorrogação da CPI.

“A prorrogação foi uma decisão do Congresso Nacional e a ele, como presidente do colegiado, cabe apenas acatar a decisão que for tomada pela Suprema Corte”, diz a nota divulgada pela assessoria de imprensa após o senador ser procurado pela Agência Senado.

Eduardo Bolsonaro protocolou mandado de segurança no STF na segunda-feira (20/4) para anular a prorrogação. Na ação, ele alega que, a CPI tem se prestado a perseguir os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. O ministro Gilmar Mendes foi sorteado para analisar o pedido do deputado.

Nesta quarta-feira (22/4), a Presidência do Senado atendeu à questão de ordem do senador Ângelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPI Mista das Fake News, e interrompeu o prazo para encerramento dos trabalhos da comissão. Esse prazo, agora, volta a contar quando o Congresso Nacional retomar a normalidade de suas atividades.

Quando os trabalhos presenciais foram interrompidos, em 20 de março, ainda restavam 24 dias para o encerramento do prazo original da comissão (13 de abril), e essa interrupção atinge esse período inicial. Como houve a prorrogação por 180 dias, quando as atividades forem retomadas o prazo que estará contando ainda será o original, e quando ele expirar, começará, então, a contar a prorrogação.

Instalada em setembro de 2019, a CPI terminaria as atividades no dia 13 de abril. Os parlamentares, no entanto, decidiram, no início deste mês, prorrogar os trabalhos por mais 180 dias. O requerimento contou com 34 assinaturas de senadores e 209 de deputados. Uma CPI pode ser ter seu prazo estendido a pedido de 27 senadores e 171 deputados.

Integrante da CPI das Fake News, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) questiona as motivações de Eduardo Bolsonaro de tentar barrar o andamento das investigações sobre notícias falsas. Para o senador “quem não deve, não teme”.

— O filho de um dos maiores propagadores de fake news do país quer impedir que a CPMI avance. Como diz o ditado, quem não deve não teme. O que preocupa Eduardo Bolsonaro? Esquemas de fake News que prejudiquem a democracia e o país serão combatidos por nós! — escreveu Randolfe em sua conta em uma rede social.


Fonte: Agência Senado

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