Na manhã deste sábado (25), o ex-deputado federal e presidente do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), Roberto Jefferson, voltou a usar seu perfil no Twitter para defender Jair Bolsonaro e acusar o ex-Ministro da Justiça, Sérgio Moro, de traidor. Em diversas publicações, Jeferson sugeriu que Moro poderia ter se aliado aos inimigos do Presidente da República para articular um golpe.
Vale relembrar que, em 2005, o ex-deputado denunciou o esquema do mensalão durante o governo Lula. Em 2012, o delator foi condenado a sete anos e 14 dias de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na época da delação, Jefferson admitiu que tinha recebido R$ 4 milhões do Partido dos Trabalhadores com o objetivo de apoio parlamentar ao governo federal. Ele também chegou a afirmar que o PT tinha lhe prometido mais do que recebeu, porém os valores nunca foram pagos.
Nas últimas semanas, deputados bolsonaristas estariam se aproximando de representantes da "velha política" para uma aliança estratégica. No dia 19 de abril, Roberto Jefferson deu uma entrevista afirmando que um golpe arquitetado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre, estaria em curso contra à presidência.
Desde o anúncio da sua saída do governo, Moro vem sendo hostilizado por parte dos apoiadores bolsonaristas nas redes sociais. Principalmente, após uma reportagem veiculada na noite da última sexta-feira (24), no Jornal Nacional, da Rede Globo. Na matéria, o ex-ministro entregou prints de uma conversa com a deputada federal Carla Zambelli onde afirmou que não estava a venda, desmentindo a versão apresentada sobre Bolsonaro em relação ao cargo no STF.
Até o fechamento desta matéria, Sérgio Moro não havia se pronunciado sobre as declarações dos seus acusadores.