Desde o início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, os números no Rio de Janeiro só aumentaram. Na Região da Grande Tijuca, na Zona Norte carioca, a Tijuca lidera o ranking com 196 infectados e 19 óbitos. Em seguida, estão Vila Isabel (81 casos e 9 mortes), Rio Comprido (39 casos e 6 mortes), Grajaú (30 casos e 3 mortes), Andaraí (27 casos e 2 mortes), Maracanã (26 casos e 4 mortes), Mangueira (22 casos e 2 mortes), Estácio (11 casos e 1 morte), Alto da Boa Vista (8 casos e 1 morte) e Praça da Bandeira (8 casos e 1 morte). Os dados são do Boletim Covid-19, da Secretaria Municipal de Saúde.
O estado do Rio está entre os três primeiros do país em quantidade de pacientes contaminados. Até o momento, são 8.869 casos confirmados e 794 mortes por causa da doença. Na capital, 5.903 pessoas testaram positivo. De acordo com dados da SMS-Rio, em toda cidade, 1.334 pacientes estão hospitalizados na rede municipal, sendo 365 em leitos de terapia intensiva. Do total de óbitos, 435 foram na cidade. Apesar dos altos índices, 3.716 doentes se recuperaram.
Embora os índices sejam preocupantes, a Superintendência da Grande Tijuca garantiu que ações estão sendo realizadas com o objetivo de minimizar os impactos não só na saúde, mas também na economia local. De acordo com o atual superintendente, Hugo Leal, o órgão tem mantido contato direto com a divisão de saúde da localidade, se aproximando das instituições atuantes e criando uma ponte de comunicação.
Já em relação ao comércio, Hugo afirmou que tem dialogado com os moradores e comerciantes.
"Temos mantido contato para conscientizá-los sobre a importância de consumir produtos no comércio da região. Além disso, estamos alinhados com a Fazenda para solicitar possíveis parcelamentos e isenções no pós-pandemia. Porém, como tudo é muito novo, todos os mecanismos estão sendo estudados e analisados. Ainda temos mantido um canal direto com a associação comercial e empresarial da Grande Tijuca para auxiliar no que estiver ao nosso alcance", confirmou o Superintendente.
Foto: Divulgação/Superintendência Grande Tijuca
Mesmo com o aumento dos contaminados e das mortes na cidade, tem sido observado um movimento intenso das pessoas nas ruas de alguns bairros da Grande Tijuca. Para evitar uma tragédia maior, Hugo Leal disse que está trabalhando para a efetividade do distanciamento social no período de quarentena.
"Foi criado um Gabinete de Crise e temos canal direto com eles. Todas as denúncias que recebemos ou constatamos por meio da nossa rotina diária, enviamos aos responsáveis pela fiscalização. Monitoramos diariamente. Além disso, temos conscientizado as pessoas sobre a importância de ficar em casa e cumprir o isolamento social, que é de grande valia neste momento de pandemia. Nossos canais de comunicação no Facebook, no aplicativo de mensagem e pelo email têm sido os maiores aliados para chegar até a população", destacou.
O superintendente ainda ressaltou alguns desafios da pandemia. Segundo ele, equipes da Comlurb e Conservação, que são as mais solicitadas, se encontram reduzidas. Também existe a população mais carente que está precisando de ajuda. A higienização dos bairros foi citada como fundamental.
Foto: Divulgação/Superintendência Grande Tijuca
"Muitos funcionários fazem parte do grupo de risco ou foram deslocados para fazer a higienização em locais de grande circulação de pessoas e também nas comunidades. Com isso, os serviços acabam sendo realizados em um ritmo menor. Contudo, não estamos deixando de cobrar aos órgãos. Temos auxiliado em tudo o que é necessário para a realização do serviço, além de estarmos em contato direto com os moradores para receber as solicitações", adiantou.
A Superintendência da Grande Tijuca ainda informou que foi criada uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis e produtos de limpeza para serem doados nas comunidades de nossa região.
"Nós vamos até a casa do morador que quer doar e fazemos a retirada dos donativos tomando todas as medidas necessárias para evitar o contágio do novo coronavírus. Outra medida que tomamos foi a intensificação na higienização de locais de grande circulação de pessoas e também nas comunidades feita pela Comlurb", concluiu Hugo.
App da Prefeitura
No último dia 30, a Prefeitura do Rio, por meio do Centro de Operações Rio, começou a alertar a população sobre os riscos de contaminação pelo novo coronavírus na vizinhança. A mensagem lançada informa se há casos confirmados do vírus próximo a residência do usuário. O aviso é enviado pelo COR.RIO no celular, pelo Twitter e ainda via torpedo SMS. Segundo a prefeitura, o principal objetivo é conscientizar os cariocas sobre a importância do isolamento e informar por onde o vírus está circulando.
O prefeito Marcelo Crivella já alertou que pode adotar medidas mais rígidas de afastamento social, caso a curva de contágio da Covid-19 continue crescendo. Crivella avisou que se a população não colaborar, usando as máscaras ao sair às ruas, ele vai baixar um novo decreto reforçando o isolamento.
"Se as pessoas não usarem máscaras, se as curvas continuarem subindo, nós vamos endurecer ainda mais. Para baixar as curvas de internação e UTI, precisamos manter as medidas de afastamento social e o uso de máscaras para quem precisar sair de casa. Para reduzir a curva de óbitos, precisamos ter mais leitos de UTI", disse o prefeito.
Fonte: Grande Tijuca