Tubarão é visto na Praia de Itaipuaçu, em Maricá

Vídeo filmado por pescadores. Crédito: Baía Viva

Um grande tubarão Mako ou Anequim (Isurus oxyrinchus) foi avistado por pescadores, no último domingo (3), na praia de Itapuaçú, em Maricá/RJ.

Segundo o biólogo Marcelo Szpilman, diretor do Aquário Marinho do Rio de Janeiro, trata-se de um indivíduo da mesma família do tubarão branco. "Ele pode atingir quatro metros e pesar 570 kg. São normalmente oceânicos, mas podem se aproximar das praias em busca de peixes. Costumam também atacar peixes fisgados em anzóis. É a espécie mais veloz dos tubarões,podendo nadar a 40km/h", disse o especialista.

"Essas frentes frias, com ventos do quadrante sul, que se aproximam do estado, favorecem a entrada de água oceânica para dentro da Baía de Guanabara. Com essa entrada de água vem o plancton, que por sua vez atrai todo o resto da cadeia trófica. No caso, sardinhas e tubarões, por exemplo", completou o oceanógrafo Milton Araújo.

Sobre o Tubarão-Mako

O tubarão-mako ou tubarão-mako-cavala ou ainda tubarão anequim (nomes brasileiros) é um tubarão encontrado em mares tropicais e temperados, usualmente a temperaturas acima de 16 graus; o nome comum mais estendido em Portugal é o de tubarão-sardo e na Galiza, marraxo.

Pode chegar até 4,3 metros de comprimento, 580 kg e possui uma cor azul metálica. É considerado o tubarão mais rápido, sendo um excelente nadador e podendo chegar aos 88 km/h em curtas distâncias, ultrapassado em velocidade apenas pelo atum dourado e pelo marlim, que podem chegar a 120 km/h. Consegue manter a sua temperatura superior à do meio.

Seu estado de conservação indicado vulnerável é devido a pesca predatória. Alimenta-se de peixes de alto-mar e de outros tubarões.

No fim de 2016, no Rio Grande do Sul, um pescador de 32 anos, morreu vitima do ataque de um Anequim, dentro de uma embarcação. Após pescá-lo, o retirava da água. Foi mordido na panturrilha.