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O que podemos esperar de Zé Ricardo no Botafogo?

Por Wilson Pimentel em 04/08/2018 às 23:47:05

(FOTO: Paulo Fernandes / ASCOM CR Vasco da Gama)

Neste sábado, o Botafogo confirmou o que todos aguardavam: Zé Ricardo assinou contrato até abril de 2019 e será o novo técnico alvinegro. Ele chega ao clube cercado de expectativas após ter comandado dois times anteriormente: Flamengo e Vasco. No Botafogo Zé Ricardo terá o desafio de trabalhar com um elenco limitado e sem perspectivas de contratações impactantes.

Zé Ricardo trabalhou 10 anos nas divisões de base do Flamengo e com certeza vai levar essa experiência para o clube. Saberá, por exemplo, identificar novos talentos alvinegros se houver necessidade de reforçar o elenco.

Projetando o futuro do Botafogo

Zé Ricardo é estudioso, moderno e participa com frequência de cursos promovidos pela CBF. Os treinos são compatíveis com o que há de mais atual no futebol. O estilo de trabalho rendeu elogios de treinadores consagrados como Abel Braga, Carlos Alberto Parreira, Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo.

A metodologia impacta diretamente no modelo de jogo que ele impôs nas equipes que comandou. Na defesa, ele tem o hábito de preparar os atletas para fazer marcação por zona, ou seja, os jogadores marcam os espaços não acompanham individualmente os adversários. É o contrário do que Marcos Paquetá tentou fazer na breve passagem pelo Botafogo. Com Zé Ricardo, Flamengo e Vasco eram intensos. Jogavam pressionando os adversários no campo de ataque e nunca foram times de retranca.

Zé Ricardo gosta de armar seus times para atacar em velocidade, com troca de passes rápida e sempre para frente. A ideia é valorizar menos a posse de bola e procurar sempre os contra-ataques. Ele vai precisar adequar o elenco do Botafogo, que tem jogadores de velocidade na frente como Rodrigo Pimpão e Ezequiel. Taticamente é bem possível que Zé Ricardo escale o Botafogo no 4-1-4-1, como fazia no Flamengo e Vasco.

Desafios que Zé Ricardo terá no Botafogo 

Zé Ricardo terá a missão de trabalhar com a falta de recursos do Botafogo. É claro que dificilmente o clube vai encontrar um jogador diferenciado disponível no mercado, mas é possível garimpar reforços no mercado interno e externo. O ataque precisa urgente de um jogador capaz de trazer paz para a torcida alvinegra. Léo Valencia e Rodrigo Pimpão estão acostumados a jogar com um companheiro mais fixo na área, entre os zagueiros adversários e aparece para finalizar. 

Além disso, existem os jogadores contratados ao longo da temporada que ainda não rodaram no Botafogo. Yago, Gilson, Marcelo, Luiz Fernando, Rodrigo Aguirre e Kieza se tornaram uma dor de cabeça para os torcedores alvinegros, mas lidar com esses imprevistos também é um bom desafio. 

CURTINHAS: 

VOCÊ SABIA?: Em 2015, Zé Ricardo rejeitou convite da CBF para comandar a Seleção Brasileira Sub-15. Na época, foi chamado pelo coordenador de base, Erasmo Damiani, para exercer a função. Nem Gilmar Rinaldi e Dunga foram capazes de fazê-lo mudar de ideia. 

DEVORADOR DE LIVROS: Zé Ricardo é fã de biografias. Na estante da sua casa estão: "Confidencial", de Pep Guardiola, "Guga, um brasileiro", sobre Gustavo Kuerten e "Alex Ferguson", a autobiografia do escocês ex-treinador do Manchester United. 

ESTUDIOSO: Em 2017, Zé Ricardo obteve a Licença A através de curso oferecido pela CBF. Estudou ao lado de Claudinei Oliveira, Eduardo Baptista, Fábio Carille, Jair Ventura, Marcelo Cabo, Milton Mendes, Roger Machado e Vagner Mancini. 

RAÍZES ALVINEGRAS: Zé Ricardo foi funcionário do Botafogo em 1995. No ano da conquista do título brasileiro, ele comandou o time juvenil de futsal do clube. O bom trabalho nas quadras fez Anderson Barros, hoje diretor executivo de futebol do Botafogo, leva-lo para trabalhar no Flamengo. 

PÉ QUENTE: Na curta carreira de treinador, Zé Ricardo conseguiu o que apenas Vanderlei Luxemburgo, Muricy Ramalho e Emerson Leão conseguiram na era dos pontos corridos: classificar, por duas temporadas seguidas, equipes diferentes à Copa Libertadores da América. Em 2016, o Flamengo. Em 2017, o Vasco. Em 2018, será a vez do Botafogo?

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