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Com barreiras sanitárias

Witzel pretende reabrir economia e comércios a partir de junho

Governador acredita em medidas de flexibilização do isolamento social


Witzel na reunião. Foto: Divulgação Governo do Estado/Philipe Lima

Após ser alvo de operação da Polícia Federal, ontem (27), o governador Wilson Witzel reuniu-se com seu secretariado para discutir o início da reabertura da economia e ações para recuperar as finanças do estado por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). O governador acredita que no próximo mês algumas medidas de flexibilização do isolamento social já possam ser adotadas pelos municípios, que devem levar em consideração a evolução da doença.

"Vamos colocar à disposição auxílio para os municípios que queiram tomar medidas mais restritivas e deixar a cargo de cada prefeito tomar a decisão que entender adequada em relação à abertura. No nosso decreto, vamos estabelecer parâmetros que devem ser observados pelos municípios para que possam tomar decisões. Se o município estiver com 90% de vagas de leitos, pode abrir a economia, mantendo barreiras sanitárias. Essa é a proposta", afirmou Witzel, durante o encontro no Palácio Guanabara.

Pacto Social
A reabertura deve seguir o Pacto Social pela Saúde e pela Economia do Estado do Rio de Janeiro, lançado no dia 20 pelo governo do estado. "Os critérios são baseados nos índices de contaminados dos últimos sete dias e de ocupação de leitos. Faixa vermelha é acima de 90% de ocupação. Faixa amarela entre 70 e 90%. Faixa verde abaixo do índice de ocupação de 70%. Existem outros indicadores que mostram que o distanciamento social tem dado certo. Alguns dados da própria Secretaria de Saúde mostram que a mortalidade tem se mantido estável no Rio de Janeiro e que a fila de espera por um leito de CTI e de enfermaria tem caído. Todos esses índices mostram que estamos no caminho certo. Cada atividade produtiva deverá ter um protocolo de operação. Esse protocolo será adotado por uma resolução conjunta da nossa pasta com a de Saúde, entre outras que desejem participar", ressaltou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Lucas Tristão.

Iabas
Na reunião, Witzel reiterou que todos os sete hospitais de campanha administrados pela OS Iabas serão abertos no Rio. A unidade de São Gonçalo, na Região Metropolitana, tem previsão de receber os primeiros pacientes hoje, e a de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na sexta.

"Nós estamos com um esforço grande para inaugurar os hospitais. Não há superfaturamento. Precisávamos fazer mil leitos. Nos propusemos a fazer 1,3 mil leitos", disse.

O secretário de Saúde, Fernando Ferry, informou ainda que todos os equipamentos que estão sendo adquiridos pelo estado se tornarão legados para as unidades de saúde fluminense.

"Todos os equipamentos, quando acabar essa epidemia, serão alocados nas unidades hospitalares do Estado. São 500 respiradores novos, 400 monitores novos, bombas infusoras, camas e toda a estrutura hospitalar que está equipando os hospitais de campanha", destacou Ferry.

Escolas
Sobre o retorno das aulas nas escolas, o secretário de Educação, Pedro Fernandes, afirmou que, em comum acordo, as redes de ensino - que incluem as do estado, dos municípios e as da rede privada - acertaram que as atividades só retornam a partir do momento em que o governo do estado indicar que se encontra na bandeira verde.

"Nós fechamos um protocolo em que, após a bandeira verde estabelecida pelo governo do estado, teríamos uma semana para organizar a volta das aulas. Todas devem voltar no mesmo período", disse Fernandes.

Déficit
Cálculos da Secretaria de Fazenda apontam que, em 2021, o Rio de Janeiro deverá ter uma perda de receita de cerca de R$ 10,6 bilhões. Segundo o secretário Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, a ajuda anunciada pelo governo federal ao estado não será suficiente para cobrir este déficit.

"Receberemos um auxílio da União, em quatro parcelas, que totalizará R$ 2,5 bilhões. Esse socorro financeiro da União ainda não chegou e ela é a única que pode prover socorro nesse momento. O Estado do Rio deve perder algo como R$ 6 bilhões, em perda de ICMS, e outros R$ 4 bilhões de royalties", afirmou Luiz Claudio.

Reformas administrativas também estão sendo estudadas pela Secretaria da Casa Civil e Governança e, dentre elas, estão os projetos de fusão e extinção de 16 empresas da administração direta e indireta, além da alienação de bens públicos, veículos e máquinas.

"Temos uma estrutura administrativa, que é grande e ultrapassada e, muitas vezes, não é eficiente. Precisamos diminuir a estrutura da nossa máquina para dar uma resposta rápida à população", defendeu o secretário André Moura.

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