A escolha do vice para a chapa de Ciro Gomes teve uma solução caseira. A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) será a candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Ciro Gomes na disputa presidencial da eleição de 2018. O anúncio foi feito pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, neste domingo (5). Convite aceito, segundo a assessoria da senadora. A divulgação oficial será feita nessa segunda (6), às 11h, na sede do partido em Brasília.
Antes de convidar a senadora Kátia de Abreu, o PDT tentou negociar uma aliança com o PSB. Em vão. O PSB aceitou o acordo proposto pelo PT para a neutralidade do partido na corrida ao Planalto. Em troca, o PT apoiará candidatos do PSB aos governos de Amazonas, Amapá, Paraíba e Pernambuco. A manobra do PSB teria sido acertada com o consentimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde 7 de abril em Curitiba.
Trajetória
Kátia Abreu era pecuarista no sul do Tocantins quando começou sua carreira política. Foi eleita pelo Estado do Tocantins em 2006, pelo DEM (então PFL). Ela passou ainda pelo PSD e MDB. A primeira eleição que ela venceu foi em 2002, para deputada federal. Em 2006 se tornou senadora pelo Tocantins e foi reeleita em 2014.
No segundo mandato de Dilma Rousseff, comandou o Ministério da Agricultura. A senadora foi uma das principais defensoras de Dilma no processo de impeachment, o que acabou resultando em sua expulsão do MDB em 2017.
Kátia Abreu era crítica ferrenha do presidente Michel Temer e das reformas trabalhista e da Previdência. Na época da expulsão, o Conselho de Ética do MDB entendeu que houve falta de decoro e insurgência contra a sigla.
Depois de um período sem partido, Kátia Abreu filiou-se ao PDT em março deste ano para disputar a eleição suplementar do governo de Tocantins, mas não foi bem. Ficou em quarto lugar. Não desistiu. Ela pretendia concorrer novamente ao governo em outubro, mas descartou a ideia para concorrer a a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes.