É sabido que a pandemia causada pelo coronavírus está estremecendo a economia mundial, com inúmeros setores da economia paralisados e os serviços essenciais atuando sob rígidos protocolos sanitários – tudo para tentar impedir o avanço rápido da doença. Porem, a construção civil é um ponto fora da curva. O setor é o único da economia que cresceu 1,6% em 2019, uma alta de 5,4 pontos percentuais se comparado a 2018, chegando ao maior nível desde 2013.
Área essencial para a economia, as construtoras estão atuando com cuidados redobrados. Com o cenário atual, é natural que prazos atrasem, negociações e concessões precisem ser realizadas para o bem comum da sociedade. Entretanto, algumas empresas estão indo na contramão da crise econômica.
Uma delas é a Next Realty, que mantém a previsão de entrega de dois empreendimentos para dezembro de 2020. A empresa está seguindo à risca o protocolo indicado pela Abrainc e reforçando a higiene dos colaboradores, disponibilizando álcool gel e máscara, afastando quem apresente sintoma da doença e escalonando horários de atuação. Além do protocolo indicado, a incorporadora também afastou todos os funcionários do grupo de risco.
O segredo para a boa performance dos dois empreendimentos é o planejamento da obra, assim como o status de venda, que move a obra. Como ambos os empreendimentos estão 100% vendidos, é possível agregar melhorias ao cronograma financeiro e seguir o calendário estabelecido antes da crise.
Outra chave para o sucesso, segundo Alexandre Carola, sócio da Next Realty e responsável pela área de Novos Negócios e Comercial, é o tamanho da obra. "Obras de pequeno e médio porte são favorecidas, já que é muito mais fácil remanejar colaboradores e otimizar o cronograma", segundo Carola.
“Acreditamos que nosso mercado de empreendimentos compactos não sofra tanto com a crise, visto que implantamos nossos empreendimentos em bairros consolidados, a preços mais convidativos”, afirma.
A inadimplência, o grande vilão do setor em momentos difíceis, também não foi significativo para a incorporadora. Apenas cerca de 5% dos clientes solicitaram uma readequação do fluxo de pagamento dos imóveis.