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Polícia desarticula quadrilha que fazia manutenção e venda de fuzis para traficantes

Ação policial ocorreu na Zona Oeste e três mandados de prisão cumpridos

Por Mario Hugo Monken em 06/08/2018 às 14:57:33

Policiais civis apresentam as armas apreendidas em operação (Foto: Polícia Cicil)

Policiais civis da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos - Desarme - e da Coordenadoria de Recursos Especiais - Core- com o apoio da Inteligência do Exército Brasileiro, realizaram uma operação nesta segunda-feira (06) com o objetivo de capturar integrantes de uma organização criminosa que prestava apoio a traficantes de drogas de favelas de Bangu, na Zona Oeste, e outras regiões do Rio de Janeiro.

Durante a operação que contou com a utilização de veículos blindados e aeronaves, diversos mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos na Vila Aliança e na Coréia, resultando na prisão de Marcelo da Silva Sales, vulgo Marreco, Valéria Simone de Oliveira e Caroline Silva Campelo Sampaio.

Parte do grupo criminoso já havia sido preso em flagrante anteriormente pela Desarme em poder de sete fuzis, sete pistolas, munições, grande quantidade de equipamentos e peças para manutenção de armas de fogo dos criminosos: Carlos Alberto de Almeida, o Professor, Alexsandro Rodriguez Figueira, o Gordinho e Murilo Barbosa Ludigero.

A investigação conduzida pela Desarme, com o apoio da Promotoria de Investigação Penal de Bangu - Núcleo Barra da Tijuca - 1a CI, demonstrou que o grupo, chefiado pelo militar Carlos Alverto, realizava a manutenção e a venda de fuzis para narcotraficantes da facção Terceiro Comando Puro (TCP) que domina a venda de drogas nas favelas da Vila Aliança e da Coréia.

Professor ganhou a confiança dos chefes do tráfico utilizando ferramentas de ponta e equipamentos de última geração, como tornos mecânicos e fresadeiras para realizar serviços de conserto, manutenção, modificação e customização de fuzis, incluindo pinturas sofisticadas de camuflagens no armamento.

Durante a investigação também foi identificada a empresa responsável por realizar a pintura dos fuzis dos traficantes, no interior da Favela da Coréia, em Senador Camará, que customizava as armas por meio de pinturas eletrostáticas.

No ano passado o grupo chegou a montar uma oficina clandestina de manutenção de armas de fogo na Rocinha, na Zona Sul, dias antes de ter início a guerra entre duas facções que levou o terror a São Conrado.

Ao longo da investigação da Polícia Civil os criminosos foram flagrados por agentes da Desarme se deslocando constantemente entre diversas favelas dominadas pela mesma facção criminosa, como Morro do Dendê, Vila dos Pinheiros, Serrinha, Parada de Lucas todas na Zona Norte, , Vila Aliança e Coréia. na Zona Oeste.
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