A Justiça do Rio de Janeiro mandou deputados, youtubers e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro apagarem postagens com fake news contra o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL) de suas redes sociais. A decisão foi da juíza Márcia Santos Capanema de Souza, titular do 5º Juizado Especial Cível.
As notícias falsas associam o ex-deputado a Adélio Bispo, autor do atentado a faca contra o então candidato presidencial Jair Bolsonaro, em setembro de 2018.
A decisão da exclusão é liminar e atende a um pedido de Jean Wyllys em uma série de ações contra os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF) e Bibo Nunes (PSL-RS), o blogueiro bolsonarista Cleuber Carlos do Nascimento, o youtuber Ed Raposo e o empresário Otávio Oscar Fakhoury. Outros processos movidos pelo político do PSOL têm como alvos filhos do presidente, como Carlos e Eduardo Bolsonaro, mas ainda não foram julgados. A juíza Márcia citou na decisão que a princípio não "é cabível a censura prévia", mas que "se o direito de liberdade de expressão é abusivo e exageradamente ofensivo, este comportamento deve ser vedado pelo Poder Judiciário". Os réus deverão apagar as postagens em até 48 horas após a intimação judicial, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil.