A Secretaria de Estado de saúde rompeu definitivamente com a Organização Social Iabas e a Fundação Estadual de Saúde assumiu a gestão dos Hospitais de Campanha.
O secretário Fernando Ferry prometeu inaugurar o Hospital de Campanha de São Gonçalo no dia 12. A unidade tem instalados apenas 10 dos 80 leitos de UTI previstos. Ferry também prometeu a reabsorção dos contratados pelo Iabas. Os leitos hospitalares ainda estão sem respiradores, mas o Ministério da Saúde prometeu 100 equipamentos para a unidade.
Secretário Fernando Ferry. Imagem: Reprodução.
Para os demais hospitais de campanha, Ferry não promete prazos. O secretário acenou com repasse de verbas da ordem de R$ 45 milhões para Niterói e Nova Iguaçu instalarem leitos de UTI. O modelo é diferente do adotado em Caxias, no qual a Fundação Estadual de Saúde assumirá a ala dedicada ao Covid-19 no Hospital Moacyr do Carmo. Situado em Saracuruna, às margens da Rio-Teresópolis, o hospital é a maior emergência da Baixada Fluminense. O hospital foi gerido até recentemente pela OS Iabas.
No geral, para as cidades com hospitais de campanha previstos, não há ainda nova data. O grupo liderado pelo Sindicato dos Hospitais Particulares pedirá, de inicio, pelo menos 30 dias. O pressuposto, no caso, era que o Iabas terminasse obras físicas e instalação de equipamentos.
O governo estadual planeja priorizar repasse às prefeituras do dinheiro antes destinado ao Iabas. O Instituto afirma já ter prestado contas de metade dos R$ 256 milhões recebidos de adiantamento e se dispõe a devolver a diferença, descontados os valores já empenhados ou desembolsados. Só que, ao mesmo tempo, anuncia que vai mover ação judicial para ser indenizado pela ruptura unilateral de contrato.