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A pandemia e os alunos que dependem de conteúdo adaptado

Atraso escolar afeta 383 mil crianças e adolescentes com deficiência

Por Portal Eu, Rio! em 06/06/2020 às 11:22:44

Fotos: Divulgação

A pandemia expôs de vez toda desigualdade e precariedade dos processos de inclusão para acesso à educação. De acordo com os dados de uma pesquisa realizada pela UNICEF, em 2018, bem antes da pandemia, o atraso escolar afetava mais de 383 mil crianças e adolescentes com deficiência. Desse número 13,8% foram reprovados e quase 30 mil alunos deixaram as escolas estaduais e municipais.

Esses dados refletem a realidade desses alunos em condições consideradas normais, ou seja, sem estarmos em uma crise na educação por conta da pandemia, com ela, o atraso escolar para esses alunos é ainda mais agravado.

"Enquanto famílias que disponibilizam do acesso à internet recebem a oportunidade de darem continuidade, ainda que forma precária, ao ensino para seus filhos, outras muitas enfrentam agora desafios ainda maiores com a falta de conteúdos adaptados e a necessidade do acesso à internet. Precisamos agilizar o entendimento sobre equidade e respeito às diferenças. Se existe a diversidade em sala e os ignoramos durante a pandemia, então a deficiência não está neles, está no sistema de ensino", avalia a empreendedora social Rosiane de Mello, fundadora da MultiDom Educação Inclusiva.

A empreendedora social grava vídeos curtos e divertidos que ensinam LIBRAS para os alunos do EDI Escritora Clarice Lispector, que fica em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, acompanharem durante a quarentena. Ela havia iniciado o projeto e logo depois veio a pandemia e interrompeu as aulas.


Rosiane de Mello leva o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para crianças que estão iniciando a vida escolar. Além disso, a empreendedora social trabalha com 25 personagens - bonecos de pano - e cada um deles retrata uma deficiência como, por exemplo, o amputado, o deficiente auditivo, o deficiente visual, o autista.

"Através da metodologia da inclusão reversa, acontece o compartilhamento com as crianças ausentes de deficiências, transtornos ou doenças, histórias lúdicas que abordam as deficiências, superações e habilidades que cada criança com deficiência têm para se expressar e ser feliz", explica a empreendedora social.

https://soumultidom.wordpress.com/

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