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Correio aponta aval de Bolsonaro a vaquinha de 'véio da Havan' para acalmar Olavo

Maior jornal da capital sustenta que Planalto convenceu Hang a organizar ajuda a guru que ameaçou 'governo de merda'

Por Portal Eu, Rio! em 07/06/2020 às 22:27:25

Olavo de Carvalho foi convidado para live por Luciano Hang, a quem chamou de palhaço e recomendou fantasiar-se de Zé Carioca. Foto: Divulgação

O Blog do Vicente, do Correio Braziliense, publicou neste domingo que o presidente Jair Bolsonaro teria ajudado a convencer o empresário Luciano Hang, das lojas Havan, a liderar uma vaquinha de empresários para socorrer Olavo de Carvalho. Hang promoveu uma live com Olavo, guru da família Bolsonaro e um dos principais influenciadores nas redes sociais, em que a chamada sanciona as duras críticas do soi-disant filósofo ao Governo do pupilo, o ex-capitão Bolsonaro: "Olavo estava certo em chutar o pau da barraca'.

Por apelo de Bolsonaro ou não, Hang se propôs à tarefa de organizar o apoio a financeiro. Com um tom e um olhar que sugeria duas doses acima do normal, Olavo gravou um vídeo em que se dizia vítima de perseguição por fake news há quatro décadas. Fala em um 'Gabinete do Ódio', só que montado pela esquerda contra ele, e dava sinais de amargura por ter sido supostamente abandonado. "Bolsonaro não é meu amigo! Me deu o que quê? Uma condecoração?! Ele que pegue essa condecoração e enfie no c*!" Olavo ameaçou o presidente, dizendo que caso não saíssem na defesa dele, derrubaria, com sua influência nas redes sociais, 'esse governo de merda, com esses generais covardes ou comprados', cheio de gente frouxa.

No mesmo estilo 'proibido para menores', mais comum em papagaios de pensão do que em filósofos, o guru da Virgínia não poupou Luciano Hang. É bem verdade que antes da anunciada vaquinha, Olavo ironizou o encanto de Hang com a América, a compra de aviões e recomendou ao empresário uma fantasia de Zé Carioca, adequada a 'um palhaço como ele'.

Por trás de tanta amargura verbal destilada on line, estariam duas sortes de problemas atormentando o guru, ambos muito materiais e pouco espirituais. O primeiro, mais antigo, é a perda de espaço para oficiais de alta patente e para políticos na montagem do Ministério de Bolsonaro e em cargos de segundo e terceiro escalão. O caso mais recente é o comando do Fundo Nacional da Educação, com orçamento anual de R$ 50 bilhões, que deve parar no colo do Centrão, com a benção resignada de Abram Wajntraub (indicado de olavo, de quem foi aluno). A primeira tentativa esbarrou na ficha corrida de Alexandre Cabral, processado em sua passagem na Casa da Moeda.

O segundo revés, mais recente, é a sucessão de derrotas na Justiça, no Brasil e nos EUA. Apenas ao compositor Caetano Veloso, a quem prometera lamber o c* caso ficasse provado que Bolsonaro tenha um caso sequer de corrupção, Olavo terá que pagar o equivalente a R$ 1,8 milhão, a título de indenização. Fora isso, Olavo esbarra nas rígidas normas americanas contra os cursos que promove pela internet, por falta de titulação acadêmica comprovada.





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