A morte de uma criança de 4 anos, durante a própria festa de aniversário, gerou comoção nas redes sociais. O pequeno Enzo, que comemorava o dia com a família e amigos no domingo (7), foi morto com um tiro no peito, em Magé, no Rio de Janeiro.
Hoje (9), o acusado de matar o menino Enzo, de 4 anos, neste fim de semana durante sua própria festa de aniversário em Piabetá, na Baixada Fluminense, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pelo juiz Ivo Martins Caruso D"ippolito, da Central de Custódia. Pedro Pevidor, após depor, já respondia por porte ilegal de arma e homicídio culposo, sem intenção de matar.
Para o magistrado, a prisão é necessária para a garantia da ordem pública por haver periculosidade concreta do custodiado, já que Pedro Vinicius de Souza Pevidor permaneceu portando uma arma de fogo municiada em uma residência com diversas pessoas, incluindo crianças. O juiz também descartou a possibilidade de prisão domiciliar por se tratar de crime que envolve violência contra a pessoa.
Uniforme militar
No momento do crime, Pedro Pevidor, de 21 anos, foi preso e teve seu revólver apreendido por policiais militares do 34º BPM. A criança chegou a ser socorrida para o Centro de Pediatria de Piabetá, mas não resistiu aos ferimentos.
O autor publicava, no Instagram, fotos vestindo um uniforme militar e exaltando o serviço. Após a divulgação do crime, internautas encheram a última publicação do jovem com comentários de repúdio e xingamentos.
Pai impediu fuga do autor
Áudios gravados pelo pai de Enzo, Douglas Brasil, circulam nas redes sociais. Junto deles, também são compartilhadas fotos da festa de aniversário do garoto, que tinha como tema o super-herói Hulk, que geram comoção na internet.
De acordo com o Extra, Douglas Brasil é um conhecido animador de festas infantis em Magé. Nos áudios, ele conta o que aconteceu e diz que o pequeno Enzo estava tão animado para a festa de aniversário que perguntava sobre ela com um mês de antecedência.
"A minha esposa botou o meu filho no carro e levou para o hospital. Eu fiquei aqui perguntando para o rapaz: "O que você fez, cara? O que você fez com meu filho? Fala comigo"", conta o pai.
"Eu vi que ele sentou no carro, jogou a arma e ligou o carro para tentar fugir. Aí eu falei: "Ah não, vem cá". Eu fui lá e tirei a chave. Ele veio pegar a chave comigo do carro e, nisso, eu peguei a arma dele. A arma estava comigo, e as pessoas ficavam falando: "Mata ele! Mata ele!". Eu não fiz isso. Não é da minha pessoa, não é da minha índole", completa ele no áudio.
Versões
Três versões do crime foram apontadas e serão investigadas. De acordo com o G1, o autor do tiro contou na delegacia que o disparo foi acidental. Segundo ele, a arma teria caído no chão e a bala teria atingido o menino. A perícia feita no corpo do menino pode elucidar alguns fatores, como a angulação do tiro disparado.
A mãe de Enzo disse que ouviu uma discussão de Pedro Pevidor com as crianças e que logo depois ouviu o barulho do tiro. Já o pai da criança disse que o suspeito abraçou o menino e depois disparou.
"Simplesmente, ele abraçou o meu filho e deu um tiro, no peito dele, assim, desse jeito, gente. Desse jeito. Depois do que aconteceu, a minha esposa botou o meu filho no carro com a irmã dele, levaram para o hospital e eu fiquei aqui. Eu fiquei aqui perguntando ao rapaz o que você fez? O que você fez com o meu filho, cara?", contou Douglas, de acordo com o G1.