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Rede, PSB e PDT lançam Martha Rocha para a Prefeitura do Rio

Oposição de Esquerda a Bolsonaro lança a terceira candidatura diferente à sucessão de Marcelo Crivella

Por Portal Eu, Rio! em 17/06/2020 às 12:13:11

Rede, PSB e PDT anunciam chapa com Martha Rocha e Bandeira de Mello para a Prefeitura do Rio Reprodução Zoom

Nem Eduardo Paes, nem Marcelo Freixo. Nem o apelo de Ciro Gomes pela aproximação com o DEM, nem a tentativa de unificar a esquerda . Prevaleceu a proposta de Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, buscando uma diferenciação mais clara com o PT de Lula e a reafirmação local do bloco que cristaliza essa tentativa de uma 'terceira via' Assim, uma live na manhã desta quarta-feira sacramentou, por videoconferência, como determina o rito de segurança da pandemia, uma chapa com a deputada estadual Martha Rocha (PDT) e o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello para a Prefeitura do Rio.

A costura da chapa evidencia também uma tendência de alguns dos principais nomes da política fluminense de se preservarem nessa disputa. O nome mais bem colocado nas pesquisas dos três partidos, o deputado federal Alessandro Molon, que chegou a ser sondado para vice de Marcelo Freixo e de Benedita da Silva, declinou não apenas dessas ofertas, mas da cabeça de chapa. O mesmo havia acontecido com Marcelo Freixo, primeiro colocado em alguma sondagens, quando percebeu a inviabilidade de uma chapa única pela esquerda. Com isso, serão pelo menos três candidaturas desse campo: Benedita da Silva (PT), Martha Rocha (PDT) e Henrique Vieira (PSOL), teólogo e pastor pinçado por Marcelo Freixo em sua cidade de origem, Niterói.

A desistência de Freixo e Molon, nomes mais bem colocados da esquerda nas pesquisas de opinião, aumentam as chances de uma disputa polarizada entre o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e o atual ocupante do Palácio da Cidade, Marcelo Crivella. Com uma rejeição superior a 40% nas pesquisas, Crivella tem como trunfos o controle da Record, via o tio, bispo Edir Macedo, e o provável apoio do presidente Jair Bolsonaro, que abençoou a entrada no Republicanos, sigla de Crivella, dos filhos Carlos, vereador do Rio muito presente na política de Brasília, e Flávio, senador pelo Estado do Rio.

A oferenda em sacrifício no rito de filiação foi a candidatura de Nélio Bolsonaro, ou Hélio Negão, cuja adoção do sobrenome do padrinho político multiplicou por mil a votação, de candidato derrotado a vereador em Nova Iguaçu, com 400 testemunhas, a federal mais votado do Estado, batendo Marcelo Freixo na reta final, por cerca de 500 votos. Mais do que obtivera na Baixada, sem o sobrenome emprestado.

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