Não basta vencer, tem que zoar. E muito. Nesse clima de torcida organizada, os críticos do governo de Jair Bolsonaro comemoraram a prisão de Fabrício Queiroz, no dia da demissão de Abraham Weintraub. Mais um eliminado do Big Brother Brasília, na línguagem zoeira das redes sociais. No rastro da descoberta de que a filha rebelde de Olavo de Carvalho, o guru de Bolsonaro, tinha dado a pista decisiva para a captura do ex-assessor, motorista e operador financeiro da família presidencial, ganhou impulso a campanha #BonnerGravata Laranja. Em pouco tempo, impulsionada pela adesão de Felipe Neto, o Nelipe Feto para os desafetos bolsonaristas, a campanha bateu 4 mil tweets.
Para quem matou essa aula, uma lembrança: laranja, no caso, é um termo para uma pessoa que assume as broncas de outra, em troca de vantagens. Como gente que movimenta os ativos financeiros, grana, imóveis ou fantásticas fábricas de chocolate, sem ter reservas compatíveis para isso. É disso que o Ministério Público acusa Fabrício Queiroz, o homem das dezenas de depósitos bancários de R$ 2 mil para as mesmas pessoas.