O Flamengo jogou ontem (18) para um Maracanã vazio, na volta do futebol brasileiro aos gramados. Com facilidade, ganhou por 3 X 0 do time do Bangu, mas ao lado do campo também havia correria.
A pressa, no entanto, era dos profissionais de saúde para salvar vidas no Hospital de Campanha do Maracanã, localizado ao lado do estádio, no antigo Complexo de Atletismo Célio de Barros. Apesar dos esforços médicos, duas pessoas morreram ontem no local enquanto a partida transcorria.
"Desrespeito"
Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, acredita que jogar no Maracanã neste momento é um desrespeito, devido à presença do hospital de campanha ao lado do estádio, para atender pacientes com covid-19.
"Acho que não deveria ser marcado jogo no Maracanã. É um desrespeito ter jogo no Maracanã, que tem um hospital de campanha do lado. Se retornarmos em julho, sob protesto, nós vamos pedir à Federação para jogar no Nilton Santos ou em São Januário. Lá na frente, quando voltar o Brasileiro, talvez a gente tenha que jogar para cumprir um contrato", declarou, em entrevista ao Troca de Passes, do SporTV.
Palestra para jogadores antes da partida
A secretária de Saúde do Município do Rio de Janeiro, Ana Beatriz Busch, realizou uma palestra para jogadores de Flamengo e Bangu pouco tempo antes de a bola rolar no Maracanã para marcar a retomada do futebol carioca em meio à pandemia.
Uma série de procedimentos de segurança foram tomadas no estádio para minimizar os riscos. As delegações, limitadas ao máximo de 40 pessoas, tiveram que passaram por uma cabine de desinfecção na chegada.