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Pesquisa constata alta adesão ao trabalho remoto nas empresas

Mais de 90% dos entrevistados querem trabalhar mais remotamente após quarentena

Por Portal Eu, Rio! em 25/06/2020 às 07:00:00

Fotos: Divulgação

A everis, consultoria especializada em TI e Negócios, do grupo NTT Data, realizou uma pesquisa internamente, entitulada "Trabalho remoto durante a quarentena". O objetivo foi compreender, junto aos colaboradores, como o regime de quarentena está impactando a relação com o trabalho remoto, principalmente o ritmo trabalhado e as relações profissionais, bem como a sobreposição entre tarefas profissionais e domésticas, além do bem-estar dos colaboradores.

"O anúncio da pandemia do Covid-19 exigiu o isolamento social e nos forçou a mudar nossa forma de trabalhar há mais de dois meses. Fomos ágeis e, em uma semana, todos os nossos profissionais já estavam trabalhando home office. Precisávamos entender como foram impactados e estão lidando com este momento", explica Ricardo Neves, novo CEO da everis Brasil, que assumiu o cargo já trabalhando remotamente.


Ricardo Neves

Transformação do ambiente profissional

Segundo Neves, a everis decidiu também aproveitar a oportunidade para acelerar as discussões sobre a transformação de seu ambiente profissional futuro, a fim de torná-lo mais qualitativo e satisfatório para todos. "Como uma consultoria, nosso capital humano é determinante para o sucesso nos negócios. Por isto, é fundamental que invistamos em seu bem-estar no ambiente profissional a fim de assegurar que estejam sempre motivados a produzir e inovar para oferecer excelência de serviços e atendimento aos clientes", destaca o CEO.

Uma das principais descobertas da pesquisa, realizada pela Chazz, consultoria de inovação, estratégia e design da everis & NTT Data, é de que "O tempo é a principal moeda do trabalho remoto", mesmo em regime de quarentena. "A valorização do tempo pelas pessoas se justifica porque, com o trabalho remoto, elas ganharam em média 18% de tempo a mais diariamente, um recurso nobre que era utilizado no deslocamento cotidiano", afirma Flávia Albo, Head de Inovação do Chazz. Isto se deve ao fato de, anteriormente, mais de 50% dos colaboradores gastavam de 1h30 a mais de 2 horas para ir da casa ao trabalho diariamente.

Novas atividades caseiras

O tempo economizado com o deslocamento se converteu em outras atividades. Por exemplo, 45% dos colaboradores destinaram parte deste tempo aos estudos, 38% para incrementar sua produtividade, que aliás foi bem gerida por 75% dos colaboradores, que afirmam ter conseguido manter o ritmo de trabalho e o volume de entrega nos projetos. "Converter o tempo de deslocamento em atividades como estudo, família, lazer e até mesmo trabalho é uma forma de ganhar tempo, o que se tornou o principal benefício e impulsionou a adesão ao trabalho remoto", detalha Flávia. A pesquisa apurou ainda que quanto mais distante o colaborador mora do trabalho, melhor é a adesão a modalidade remota.

Outro insight foi que "O trabalho remoto será parte do novo normal" e foi uma conquista bem-vinda, pois 91% dos entrevistados gostariam de manter alguma forma de trabalho remoto depois da quarentena. Destes, 41% dos gerentes gostariam de trabalhar metade dos dias da semana de casa. "É claro que, como tudo foi muito rápido, no início tivemos muitos questionamentos, incertezas, horas de trabalho e estudo a mais, para buscar metodologias e referências de como nos adaptar. Mas agora nossos colaboradores estão adaptados e a maioria tem interesse em manter o home office, o que é surpreendente, considerando-se que antes 84% deles nunca tinham trabalhado remotamente ou só trabalhavam um dia por semana neste modelo", destaca o CEO da everis.

Interação On Line

Outra percepção positiva foi que esta modalidade funciona melhor quando todos estão online, porque as interações ficam mais coerentes e fluídas. Quando estar remoto é a exceção, o indivíduo muitas vezes tem uma interação menor, porque os parcipantes das reuniões tendem a dar maior atenção aos presentes. Esta constatação está sendo estudada pela everi para definição do "novo normal" da empresa no futuro, com o intuito de manter parte das conquistas alcançadas durante a quarentena.

"Como dito anteriormente, a maioria dos profissionais mantiveram sua produtividade, ou seja, trabalhar remotamente é produtivo, especialmente porque os atrasos acabaram e as pausas desnecessárias diminuíram", diz Neves. Ao contrário do que ocorre ao trabalho no escritório, as pausas das atividades online são programadas e a inexistência de qualquer tipo de deslocamento, mesmo dentro do escritório, cria a expectativa de pontualidade.

Esta realidade traz a dificuldade de gerir o tempo para não trabalhar de forma contínua. "Por isto, teremos de pensar em formas de ajudar os colaboradores a terem disciplina para delimitar as horas de trabalho e a reservar momentos para alimentação e pausas estratégicas para garantir seu bem-estar cotidiano", informa Neves.

A maioria dos participantes da pesquisa da everis (91%) também ressaltaram que "a boa estrutura é a principal aliada do trabalho remoto", pois sua falta resulta em problemas já conhecidos (dores no corpo, estresse, etc.). Afinal, ter um ambiente específico para o trabalho, se vestir (colocar roupa) e ter móveis propícios é um alicerce para a criar uma rotina profissional, mesmo que em casa.


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