Esta semana, as liberações de Aedes aegypti com Wolbachia serão retomadas em três bairros do Rio de Janeiro, após três meses de suspensão desta atividade. A retomada será gradual e começará pelos bairros de Ramos, Olaria e Bonsucesso. As liberações serão feitas durante 16 semanas, sempre no período da manhã, por meio do mesmo veículo utilizado anteriormente, identificado como Saúde Fiocruz. Não há interação entre os técnicos do WMP Brasil/Fiocruz e a população.
"Durante o período de suspensão das atividades de campo, nossas equipes mantiveram as ações para manutenção da colônia de Aedes aegypti com Wolbachia, respeitando as orientações de segurança e higiene das autoridades de saúde. Além disso, estamos trabalhando em inovações para assegurar que a liberação de mosquitos com Wolbachia, bem como seu monitoramento, possam ser realizados com segurança, diante deste cenário de pandemia", destaca o líder do Método Wolbachia no Brasil e pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira. Ele ainda enfatiza que "não podemos esquecer que as arboviroses continuam circulando, mesmo durante a pandemia, e por isso é importante reativarmos a liberação dos Aedes aegypti com Wolbachia".
O Método Wolbachia do WMP Brasil/Fiocruz é seguro. Os mosquitos que carregam a bactéria Wolbachia não foram modificados geneticamente, não transmitem doenças e ajudam no combate à dengue, zika e chikungunya. Vale ressaltar que o novo coronavírus é transmitido apenas através das gotículas de saliva e secreções de pessoas contaminadas. O Aedes aegypti não transmite esse vírus.